domingo, 1 de maio de 2011

Devolve a doçura

Queria a leveza do antes tendo a certeza que poderia. Cansou de parecer boba sabe? Mas essa seriedade não cabia no sorriso tamanho G que lhe marcava o rosto. Sentia-se pela metade, faltava o lado bonito que um dia lhe marcara a alma e lhe fizera amável. Precisava, porém, de uma segurança, uma mão disposta e uma palavra(e gestos) que lhe dessem a certeza que valia a pena. Certeza…aquela que afasta o medo, entende?

Precisava romancear novamente, escrever bonito pra dar gosto a quem lê. Desejava. E despertar a pontinha de inveja boa de um amor danado de bonito que teima em encantar os olhos que passam curiosos. E achava bom lembrar daquele gostinho de ansiedade, daquela sensação gostosa de satisfação pelo nada.

Queria ser feliz e fazer feliz, sem medida e sem tamanho. Sentou no chão, olhando cartas e versos antigos e lembrou que ainda restava o bom e que podia remar, re-amar, era só querer…e queria.