terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mon amour

Acordou num dia radiante e se deu conta que ele chegara. Sim, os raios de sol que insistiam em tirar-lhe da cama eram prova disso. Invadira seu quarto por completo, acariciara seu corpo e a fizera cair na real. Já não adiantava mais horas de academia, ou tentativas de embelezar-se de última hora, ela sabia que a qualquer momento ele lhe bateria a porta e não se preparou para isso.

De cara lavada, roupas leves e um coque desarrumado no cabelo ela o recebeu, de corpo e alma. Era quem ela esperava há tanto tempo, jogou-se em seus braços e beijou-lhe ardentemente(e quanta ardência!). Ele a levou por lugares já conhecidos, mas que se tornaram incríveis pelo momento. A praia era o preferido dela. O calor que mantinha a relação combinava demais com a areia, o mar e o sol que era o padrinho dos dois.

Que belo casal. Relação banhada a sorrisos e alegrias. Ela jurava que podia casar com ele sem a menor relutância se houvesse o pedido. Não vou mentir que houveram desentendimentos, claro. Nos dias em que ela queria ficar na cama até mais tarde e ele a tirava de lá a qualquer custo, quando ele tentava esquentar demais a relação e tudo que ela queria era algo ameno para o dia, como uma brisa leve de final de tarde.

Discussões havia sim, mas evitavam-nas ao máximo, pois o amante viajava muito e aquele era o momento de aproveitá-lo ao máximo, exaurir todas as suas forças e passar bons momentos juntos, afinal, mais cedo ou mais tarde ele iria embora de surpresa, da mesma maneira que chegara naquele dia ensolarado.

Era por isso que não precisava de muito para fazerem as pazes, bastava um sono tranqüilo lado a lado, um novo dia raiando para ela virar-se para o lado e declarar com a cara amassada: VERÃO, Te amo muito!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Para a Consciência própria

"Eu vou me acumulando,me acumulando,me acumulando - até que não caibo em mim e estouro em palavras." (Clarice Lispector - Um Sopro de Vida)
Clarice sempre diz o que eu tento, tento, mas não consigo. Acho que por isso gosto tanto dela. E mais uma vez eu me sinto acumulada, à beira de uma explosão de palavras que dessa vez, infelizmente, eu não conseguiria colocar ‘no papel’ com ironia e sutileza suficientes pra deixar implícito o que anda me engasgando.

Enquanto isso eu escrevo pra mim, perco textos que poderiam ficar até bons, mas seria exposição demais, e já basta o que eu coloco aqui. Esses ficam pra mim, esquecidos entre as páginas de um caderno antigo ou perdidos no meio de tantos pensamentos.

Eu só posso confessar como desabafo comedido que sou (ou estou) fraca, fraqueza que é fruto de outras características opostas de minha própria personalidade: Contraditória, quase oblíqua e dissimulada, como os olhos de Capitu(relevem os exageros, ando meio hiperbólica). Bem que eu poderia ser comum às vezes né?! Meiga, apaixonável, sensível demais, chorona. Tem gente que se encanta com isso, ora mais!

Mas tá bom, ninguém vai entender mais nada e é melhor deixar pra lá. Só acrescento que odeio, odeio sim, quando fico fraca e desejo voltar no tempo pra mudar certos detalhes de meus próprios atos ou me entrego a sentimentos que não deveriam estar me acometendo. Arrependimento idiota. Mas ele é passageiro, hoje eu sinto, amanhã já não mais. Sorte a minha que eu tenho memória curta pra certas coisas. E como hoje eu desejo ser doce, amanhã posso desejar ser má. É tudo uma questão de humor e acontecimentos.

Texto estilo eu escrevendo pra minha própria consciência.


P.S.: Eu não sei se já disse mais sou muito curiosa, e o tal “...” disse que ia se mostrar há dois posts atrás e até agora nada. Quero ver quem ta de onda com a minha cara :)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

CHEGARAM!

Hoje eu quero deitar na minha cama apreciando cada pedaço dela, dormir tranqüila saboreando o sono interminável que, finalmente, eu posso ter sem me preocupar em acordar cedo no outro dia. E se tiver de acordar, que seja por algo prazeroso. Quero ler quantos livros puder, ver todas as novelas e seriados possíveis, ficar na Internet até a cabeça enjoar de porcarias ou a vista doer em frente a tela do computador. Preciso aprender a dirigir, fazer trabalhos manuais e tomar sol; Ir a praia pra sentir o cheiro do mar(que não seja um poluído, por favor) depois de quase um ano sem tocar a areia fofinha; malhar de verdade pra voltar a ter minha barriga sarada de quando eu treinava e pernas grossas definidas. Quero aproveitar muito mais os amigos que ficaram em segundo plano, a família que, mesmo na mesma casa, só me via em curtos intervalos entre um estudo e outro, refeições ou fins de semana. Sair pra dançar até as pernas doerem e o corpo pedir arrego. Dar um jeito nessas olheiras terríveis que me tomaram. Arrumar meu quarto, limpar minha bagunça e colocar na cabeça: MINHAS FÉRIAS CHEGARAM e eu não preciso dessa sensação de vazio que me tomou o dia hoje, parece que falta algo. Mas eu me acostumo, sim, sim... acabei hoje o namoro com os livros didáticos e estou, definitivamente, solteiríssima! Em janeiro espelho colher os frutos de todas os dias cansativos, aulas contínuas e estresse diário. Enquanto isso não chega, meu bem, eu vou tirar o atraso ;D

I’m on vacation \o/
Kisses ;*

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

pós fim de semana

E ria como uma tola ao lembrar dos fatos passados. Era sempre assim, pouco tempo rendia boas histórias. Bastava pouco para que pequenos fatos se transformassem em situações bizarras, divertidas e até gratificantes. Cantar bem alto, pular feito uma louca, ou dar foras denominados de “estilosos” (morri de rir com essa) podiam virar lembranças para uma vida. E assim o fazia sempre que podia. Depois de um dia como aqueles juntava todos os detalhes na memória e guardava-os como numa caixa que alguns abriam de vez em quando para se esbaldar no conteúdo junto com ela, mas só essa sabia a verdadeira sensação da recordação. E via-se novamente rindo ao escrever. Você é louca, definitivamente. Nem tanto, nem tanto.


“É claro que a vida ensina a gente a ser feliz...”
Por que eu tinha que terminar com ele, nada de poetas ou grandes pensadores.