sábado, 22 de agosto de 2009

Lembre

Agora me olhe devagar para que não esqueças meu rosto, esse mesmo já olhado tantas vezes. Em quantas eu vi a ternura que hoje falta?!
Lembre do olhar cansado que outrora inexistiu e que hoje me faz menos forte, porém mais intesa. Do cabelo comprido que espera ansiosamente um corte que ainda não chegou, mas vem em breve. Do abraço de que eu tanto gosto e que poucas vezes tiveste. Da minha falta de palavras faladas, e do excesso delas escritas.
Da face sempre estampada com um riso bobo, que hoje guarda essa seriedade incomum.
Lembre do que você ainda nem viu e do que não foi capaz de ver.
Agora se não quiser, esqueça. Deixe que eu mostre o outro lado, e eu até te deixo escolher.
E se preferir sair, tenha educação. Acene de perto, e feche a porta.
Mas me olhe devagar…


p.s.: Desculpa a falta de posts. Minhas aulas começaram e a medicina tá roubando todo meu tempo. Preciso agradecer aos que me mandaram selos e juro que depois eu posto eles direitinho =).

domingo, 9 de agosto de 2009

Despedindo-me

Hoje eu escrevo como diário, sem metáforas ou frases elaboradas. Vai ser o que vier a cabeça e vier do coração, porque essa semana foi de despedidas isso é algo que não me apraz.
Foi do nado, uma (re)despedida com gosto de saudades e lembranças de dois anos atrás, quando eu saí da piscina com pulmões na boca e lágrimas nos olhos. Era minha última competição de verdade, e foi o melhor solo que eu fiz até hoje. Outubro de 2006, poucas vezes eu chorei tão compulsivamente como naquele dia, sendo acompanhada por quem me via, vale dizer. Dessa vez não teve música, coque, platéia, árbitros ou mesmo água. Foi uma despedida silenciosa, de quem foi atleta por 7 anos, voltou pra matar as saudades mas não conseguiu ser assídua, e dava adeus as piscinas silenciosamente, com um aperto por não ter se doado mais nesses seis meses. Ficam as lembranças, narizinho, óculos, touca e muitos(eu disse MUITOS) maiôs pra quando puder dar uma escapada e relembrar as piruetas aquáticas. A gente constrói uma família sem nem se dar conta.

Foi das férias prolongadas que chegaram com gostinho de vitória em janeiro desse ano. Tive 8 meses de acordar tarde, dormir a hora que quisesse, sair todos os fins de semana, ler o que quisesse, ver de noticiário à programa de fofoca sem peso na consciência, sem obrigações ou exigências. Amanhã a mordomia acaba, começa uma nova(e tão esperada) etapa de vida junto à medicina. Aquele friozinho na barriga ainda não me acometeu, acho q pelo tempo todo que eu já tive pra absorver a idéia, mas tenho certeza que a noite vai ser intranquila, ansiedade subconsciente é o meu forte! Medicina, aí vou eu :).

E deixei por último a primeira das despedidas. A da AMIGA querida que partiu rumo ao sonho, também da medicina, em outra cidade. Ela que me ensinou o real valor de uma amizade, daquelas em que a gente pode confiar de verdade e me permitiu ensinar o quão frágil são as juras pra que não precisem ser mencionadas. Hoje a gente tenta aprender o significado daquele clichê “quem disse que pra estar junto precisa estar perto?”. Tenho certeza que não! Mas a saudade já se faz apertar só em pensar. Ela é a do tipo “pau pra toda obra”, quem me oferece colo sem que eu precise dizer que estou mal, quem escuta pacientemente meus casos e descasos amorosos, rindo da minha “sorte” e aconselhando no próximo passo. Quem partilha de histórias que até Deus duvidaria se não estivesse vendo, quem ri comigo por bobagem, puxa minha orelha se preciso e constrói os devaneios mais mirabolantes(eu venderia coco na praia porque não beberia o estoque e ela ia vender brincos, o porquê eu não sei, já que habilidades manuais não são seu forte! Hehe). Desejo a ela toda a sorte do mundo e sei como ela é forte pra encarar a nova vida da melhor forma possível. A amiga de todas as horas vai estar sempre aqui pro que der e vier, e graças a Deus existe telefone, msn, orkut e ônibus! Hahah! A ela, todo o meu amor!

Vou ficando por aqui, que não haja mais despedidas essa semana porque já basta!
;*

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

...ele pode se tornar realidade

Sentiu-se corrompida e suja, como quem faz algo de errado e se diverte, como quem faz maldade e ri. A verdade é que riu, não ia mentir. Riu da situação, dos participantes, da platéia que assistia a cena atônita e boquiaberta. Ela se incluía nesse grupo, vale salientar, vivia uma dualidade entre platéia e protagonista. Maldita dúvida que a perseguia dando tréguas esporádicas e quase convincentes, que logo dissipavam-se feito vento.

Pensou que tinha desejado aquilo por tempos a fio e agora o temia e evitava. Os planos saíram do controle. Sabe aquele velho “cuidado com o que deseja”? Poucas vezes experimentara seu significado real como agora. “- E então?!” Repetia isso todas as manhãs. Agora aguente, meu bem! Mexeu com fogo porque quis, se queime sozinha e, de preferência, não deixe cinzas! Elas deixam vestígios do que passou e não é isso o que você quer, estou certa?!


Ingrid Tinôco

Tô lutando com força contra a falta de inspiração, mas tá oooosso! Por isso as postagens estão espaçadas =/!
Obrigada a Ludmila pelo selinho! Como eu já tinha ganho o selo e pelo que eu vi meus desejos de consumo continuam os mesmos é só ver a postagem MEDICINA.