Passo mais horas pensando sobre o que escrever do que botando no papel aquilo que realmente me interessa no momento. Sim, as idéias fluem na velocidade do pensamento que bateria a da luz, se esta não fosse a mais rápida, mas é preciso filtrar e eu acabo escrevendo o bonito ou o feio do coração ao invés de apenas expulsar de mim o que realmente incomoda ou merece exposição. Minha ferramenta vem perdendo a funcionalidade, porque eu preciso das letras arredondadas, desenhadas num papel (ou numa tela de computador em arial 12) para retirar da alma o que me aflinge o suficiente para fazer calar, mas não tenho feito. Tenho calculado, milimetrado, revisado textos e esquecido os verbos que outrora tanto confortaram. Preciso voltar a escrever sobre mim, pra enxergar por outra ótica “o que danado há de errado com a que vos fala”, como num espelho em que se vê defeitos e pode-se corrigi-los com análise posterior, quero falar mal da saúde pública que é minha realidade iminente, quero cantar minhas músicas prediletas para aqueles que conseguem ouvir sons através das palavras, quero denegrir imagens sem dizer os santos, falando, pra quem quiser ler, o quanto certos comportamentos me indignam.
Quero ser menos séria, menos cética, menos textos politicamente corretos ou cercados de sentimentalismos bonitos e verdadeiros, mas que não vem a todo momento.
Quero expulsar.
Por isso vou tentar repaginar o blog e tentar fazer dele, novamente, o que era pra ter sido sempre, o MEU espaço. Onde eu escrevo sobre o que quiser e na hora que quiser, porque isso não é publicidade, é recordação e conforto, por isso, não precisa de métrica.
Um comentário:
Estarei aqui! Sempre!
Beijos
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