Eu vim pra contrariar o racional. Cheguei pra insistir no riso frouxo e papo leve, nas nossas conversas intermináveis e cócegas censuradas. Fiquei porque era bom, mesmo quando não devia, mesmo quando não podia. É que eu sempre me deixei levar pela conversa mole, mesmo sem acreditar. E no fundo eu sabia que não era igual, que não podia ser igual, não daquele jeito. E a gente foi, antes mesmo de ser. E eu ri por dentro quando você me disse que amor não acontecia, que amor era construção (alguém mais cético que eu não pode!). Fiquei pra te mostrar que não, que amor é descuido, é cuidado, é abraço que fala e confidências contidas, é construção sim, mas também desconstrução... De conceitos, preconceitos, de amarras e blindagens. E você me veio coração, como eu nunca pude imaginar. E eu quis ser poesia, toda aquela que eu insisti em negar. E hoje eu sou amor, e você é também, meu bem.
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