Ela sorriu com aquilo. Não por ter achado graça realmente, mas pelo absurdo e confusão que a pergunta lhe causara. Ora, indagar assim, sem mais nem menos, um "Quem é você?" é algo para causar espanto a qualquer ser, mesmo àqueles não muito comuns.
Exitara por um tempo temendo o que poderia sair como resposta àquilo, mas reagiu: "Depende de como você quer me ver, ou melhor, de como eu quero que me vejas!". Metafórica não por desejo, mas porque era mesmo daquele jeito. Ora era uma, ora outra. Adaptava-se às situações com a rapidez de quem tem pressa, vasculhava o passado na busca pelo bom perdido e explirava o futuro lenta e cuidadosamente, pois havia perigo em certas supresas. E o presente?! Ah, o presente era saboreado tal qual o mais fino dos doces, com o cuidado de quem aprecisa e a voracidade de quem tem fome.
Não sabia se esclarecera o indagador, mas foi perceptível a satisfação de seu íntimo com aquela resposta que transmitia sua própria personalidade: nem tão reveladora, nem tão misteriosa.
Ingrid Tinôco
3 comentários:
Fuderoso.
Preciso dizer mais alguma coisa?
de repente eu engoli e substitui letras nada a ver em algumas palavras tipo 'explirava'! kkkkkkkkk
mas dá pra entender =P
caraaaaaca. :O
muito bem escrito
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