Nossas maiores glórias, quando nas palmas das mãos, parecem finos grãos de areia que o mar não molhou, deixando-os frágeis, leves, soltos, na iminência de escorrer por entre os dedos ao menor vento. Não há balanço de ondas, calmaria da brisa ou oferta de areia a sua volta que acalme a perda iminente.
Por você, passarão os que lhe oferecerão mãos a mais para comportar os grãos, carros para transportá-los em segurança ou palavras para que não percas a paciência e o equilibro. Mas haverá os que lhe trarão o vento indesejado com leves sopros imperceptíveis, os que insinuarão sorrisos ao incentivar tropeços e os que desviarão o olhar “insignificando”(com a permissão do neologismo) sua tarefa.
Cabe a você encontrar a água, o óleo, a liga que manterá unida sua própria areia, transformando-a do pó ao sólido. Machado de Assis dizia que o que era de ser seu, às mãos lhe havia de ir. Está aí, em suas mãos, não se permita tropeços, não os permita balanços.
Ingrid Tinôco
Por você, passarão os que lhe oferecerão mãos a mais para comportar os grãos, carros para transportá-los em segurança ou palavras para que não percas a paciência e o equilibro. Mas haverá os que lhe trarão o vento indesejado com leves sopros imperceptíveis, os que insinuarão sorrisos ao incentivar tropeços e os que desviarão o olhar “insignificando”(com a permissão do neologismo) sua tarefa.
Cabe a você encontrar a água, o óleo, a liga que manterá unida sua própria areia, transformando-a do pó ao sólido. Machado de Assis dizia que o que era de ser seu, às mãos lhe havia de ir. Está aí, em suas mãos, não se permita tropeços, não os permita balanços.
Ingrid Tinôco
4 comentários:
Refletindo...
Palavras certeiras...
Tudo está em nossas mãos!!
bj
Tem 5 dias que tô lendo esse texto e a cada vez ele me parece diferente.
Vai ser alvo de mais reflexão, com certeza!
Beijo!
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