domingo, 21 de setembro de 2008

Tempos modernos...

A vida moderna é meio estranha, e confesso que certas antigüidades tinham seu valor e minha admiração. Vejam a máquina fotográfica, por exemplo. Não existe mais aquela ansiedade pré-revelação dos filmes(de 12, 24 ou 36 poses), as risadas com as fotos bizarras que você havia tirado mas nem lembrava, sua cara horrorosa ou belíssima que servia como parâmetro para a seleção das melhores que iriam para o álbum.

Hoje não, batemos 100 fotos em poucos minutos, as feias vão embora rapidinho e as que persistem ainda são reformuladas com o santo photoshop. Não existe mais o natural, o espontâneo, é tudo planejado para sair lindo, perfeito e falso! Foi-se o tempo que isso era exclusividade das revistas Caras da vida. E viva a ilusionista máquina digital (minha companheira quase inseparável, devo dizer, para que não pensem que sinto saudades constantes dos filmes fotográficos!)

E as cartas? Ninguém mais passa horas fazendo rascunhos de uma boa letra e fica na expectativa da resposta que vinha naquele papel dobradinho e prazeroso de ler. Agora é tudo rápido, sem grandes ansiedades, no máximo a de um e-mail, quando não dá pra adiantar via menssenger.

E nos romances parece não ser diferente. Não que eu tenha pego aquele tempo de dar o primeiro beijo na hora do casamento, mas a arte da conquista tempos atrás, convenhamos, era muito mais interessante.

Flore, bombons, bilhetes, olhares, suspitos. Pieguices românticas que mesmo eu(não caracterizada, nem de longe, como alguém muito sentimental) sinto falta, ou inveja, melhor dizendo. Havia muito mais envolvimento, charme e uma pitada de mistério que é sempre interessante. Nada de beijos falsos, papo escasso, contato raro ou forçação de barra.

É...belos e velhos tempos. Já era, meu bem...

Tô quase 'a última das românticas'(mas que contradição!), só me falta o vestido rodado, o sapatinho de bico redondo, fita no cabelo e ar angelical... só isso!

Bom domingo pra vocês :)
p.s.: A propóstito, eu nunca concluo um texto como esperava ;D

3 comentários:

Débora Oliveira disse...

Ah, essas coisas são mesmo verdades.
A modernidade de alguma forma inspira falsidade [gostei dessa sua insinuação].
Eu não peguei a fase das cartas, mas desde o ano passado que ando escrevendo algumas graças a umas brincadeiras entre calouros-veteranos. É muuuuito legal. Gostei tanto que não parei de escrever desde então! Mesmo agora que acabou o perídodo de recepcionar calouros, continuo escrevendo na munheca e lendo coisas do dia-a-dia. Muuuuito legal! a sensação de intimidade é 3 mil vezes maior que msn. qualquer dia te escrevo uma cartinha pra você sentir isso também. :P

;*

Raylla disse...

Like your post, girl!

eu sempre gosto, é bem verdade :P
concordo com tudo que vc falou, amiga..é o preço que se paga com tanta modernidade, né?!
"cobre um santo e se descobre o outro"
eiita ditado pra ser verdade..

maaas..a gnt sempre espera que alguém tome uma atitude e faça um gesto daqueles velhos tempos :)
eu faço um pra vc e vc um pra mim, tá?!
aguardoo

(esperando o doce do post passado)
kkkkkkkkkkk

:**

Unknown disse...

Ainda to esperando meu doce! ^^