Eles procuraram a melhor roupa. O paletó das ocasiões especiais, o sapato de festa. Era preciso se perfumar “pras moças bonitas” que ali estavam. Enfeite no cabelo, sorriso no rosto e a esperança de um dia melhor. Mais um.
Uma esperava o namorado dançarino de bolero que não chegaria. Outro pediu-me uma colônia que, infelizmente, não pude dar. Mas quando os “nervos” esquentaram, eles dançaram e remoçaram. Houve a mesa das sortudas, o baralho pro jogador de damas imbatível, e o Dom Juan que encontrou sua menina e prometeu uma dança a todas.
Vi apelo naqueles rostos que o tempo marcou. Só era preciso uma dança, um toque, uma conversa paciente ou uma jogatina animada. Bastava. Eram olhos daqueles que já viram de tudo e hoje mereciam ser o alvo das visões.
“Quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora...”, Dona Dulce cantou sem saber que o final devia ser diferente. Eles não mandam embora aqueles que os querem, acolhem com o carinho de quem, mesmo depois de tanto, ainda acredita nas pessoas.
Ingrid Tinôco
Visita ao Instituto Juvino Barreto, 06/06/09, Medicina ufrn 2009.2
Um comentário:
"Quem eu quero não me quer e quem me quer eu mandei embora..."
Já conheço isso, hehehehe
Obrigada pelas visitas querida!
Que bom que gostou do layot!
Beijão
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