domingo, 18 de outubro de 2009

Meu "sinto muito"

Faltavam-lhe motivos e sobravam emoções. Pensou no “se” com ela e no “está sendo” com o outro. Não era pena, nem sabia se compaixão. Mas era um bixinho estranho que lhe mordera o peito e lhe fizera crer que a vida é mesmo algo muito frágil.

Queria abraçar e dizer que estava tudo bem, mas não estava e isso não adiantaria. Preferia que mágica lhe fosse concedida, que Deus rebobinasse o filme e fizesse diferente. Que sorrisos fossem pintados, ou mesmo rostos sérios, ao invés de lágrimas. Pensou que poderia ter se feito mais presente.

Não conseguia medir aquela dor e nem queria, gotas rolaram só de imaginar. Abraçou-se com o cúmplice de sangue e pediu-lhe que não a deixasse, fê-lo dormir sabendo que o amava com todas as forças que esse sentimento podia ter.

Agradeceu a Deus pelas graças de sempre e pediu-lhe paz àquela família e à amiga querida.



Descobriu, então, que não sabia lidar com a morte. Sentiu doer outra vez.

4 comentários:

meus instantes e momentos disse...

Bonito jeito de escrever, muito, muito bom.
Lindo texto.
parabens pelo blog.
Maurizio

shaaa disse...

já disse que gosto daqui né!?rs
não precisa se desculpar por não estar tão presente, Medicina toma tempo neh!? parabéns de novo por esse espaço..
beijo!

Sαbrinα Frehí disse...

Linda as palavras.
E isso é tudo muito dificil :/

disse...

Olá Ingrid, será que alguém aprendeu com facilidade se já aprendeu? bjokas