quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ora, tenha a fineza de desinventar

É que tem horas que preciso gritar pra não morrer de angústia. E não há quem veja penas por trás dessa vidinha fácil que eu teimo em levar.

E quem disse que há? Invento-as e sofro pelas minhas próprias ilusões.

É que o faz de conta acabou e a vida real é chata. E olha que ainda nem entrei no carrossel que há por vir, ainda estou comprando ingresso na bilheteria, com um medo incontrolável da montanha-russa fitada ao fundo, mas ânsia insaciável da futura euforia.

Estresse, meu bem, estresse. Auto-controle mandou lembranças e disse que qualquer dia me visitaria. Quando eu crescesse o suficiente para isso.

Já falei aqui que crescer dói, não foi?!

Pois é...sinto dores e ando capenga, como uma velha que se entrega à idade.

Entregar-se é feio, eu sei! Mas fraquejei, e aí?! Vai brigar comigo também ou me deitar no colo e alisar os cabelos?

Talvez bastasse.

Agora eu grito - como o Chico (Buarque, claro) - para o infeliz que inventou a tristeza ter a fineza de desinventá-la. Rápido, se não for pedir demais!


Ingrid Tinôco

2 comentários:

shaaa disse...

gosto daqui,da maneira como escreve..faz daqui um cantinho aconchegante.
adorei o texto e alisaria seus cabelos, chega de broncas...rss
beijo

Unknown disse...

"Agora eu grito - como o Chico (Buarque, claro) - para o infeliz que inventou a tristeza ter a fineza de desinventá-la. Rápido, se não for pedir demais!" kkkkkk

Seria tão bom, porém não mais aprenderiamos com ela, não mais seríamos capaz de conhecer aqueles amigos que estão ao seu lado nessas horas também.

E nada melhor do que um dia após o outro. hehe