Ela reclamava, xingava, enchia os olhos de lágrimas que não rolavam de teimosas que eram. A vontade era de gritar, ou melhor, de rasgar, jogar tudo pro alto e se jogar na piscina mais próxima. Esfriar as idéias, re-esquentar as turbinas que andavam congeladas pelo caminhar que as coisas vinham levando. Faltava-lhe a vivacidade de sempre. E mesmo que o sorriso mostrasse alegria, alguma coisa na maquinaria interna não andava bem.
Sentiu saudades do antes, do sono, do salto, da música e das conversas sem nexo em plena madrugada.
Todos os dias acordava pensando se estaria no lugar certo.
E dormia pensando que não queria sair dali.
Ingrid Tinôco
5 comentários:
Minha cara!
Perfeito!
:O
não eh que os médicos tb são poétas!?rss
muito bom isso!!
I love it, friend ;)
Querida, sensação de nó no peito! Parabéns! Bjus
Postar um comentário