quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sentou-se naquela areia macia e branca, o cheiro conhecido parecia ampliar, além da capacidade máxima, a oxigenação de seus pulmões. Abraçou os joelhos e esperou que as pequenas ondas, tímidas, humedecessem seu pés.

Quando as demais vieram, acompanhadas por aquela melodia marinha, pareciam acariciar-lhe a pele. O frio cortante transformara-se em sabor, salgado como aquelas águas.

E fitou o horizonte até onde os olhos podiam alcançar. O sol era uma mancha alaranjada ao longe. Fechou os olhos, embalada por pensamentos calmos e, ao abri-los, pôde ver, quase que instantaneamente, seus sonhos no céu. Sim! Eles estavam bem ali diante de seus olhos, como se as nuvens dançassem para se organizarem numa bela e prazerosa visão.

Pôde ela, desta vez, entregar-se por completo àquilo que parecia ilusão, mas arrancava-lhe um dos mais sinceros sorrisos e até uma pequena lágrima, solitária, brilhante e feliz.

Um comentário:

Débora Oliveira disse...

adoro contos.
Desses graciosos assim.

;*