Sentou-se naquela areia macia e branca, o cheiro conhecido parecia ampliar, além da capacidade máxima, a oxigenação de seus pulmões. Abraçou os joelhos e esperou que as pequenas ondas, tímidas, humedecessem seu pés.
Quando as demais vieram, acompanhadas por aquela melodia marinha, pareciam acariciar-lhe a pele. O frio cortante transformara-se em sabor, salgado como aquelas águas.
E fitou o horizonte até onde os olhos podiam alcançar. O sol era uma mancha alaranjada ao longe. Fechou os olhos, embalada por pensamentos calmos e, ao abri-los, pôde ver, quase que instantaneamente, seus sonhos no céu. Sim! Eles estavam bem ali diante de seus olhos, como se as nuvens dançassem para se organizarem numa bela e prazerosa visão.
Pôde ela, desta vez, entregar-se por completo àquilo que parecia ilusão, mas arrancava-lhe um dos mais sinceros sorrisos e até uma pequena lágrima, solitária, brilhante e feliz.
Um comentário:
adoro contos.
Desses graciosos assim.
;*
Postar um comentário