Eu não posso ser completa, nem pretendo. Me balanço num encaixe e desencaixe de peças que se moldam de acordo com o que passo, que vivo e que sinto. Sinto tanto que às vezes penso ser melhor esconder, é o orgulho bobo que de tempos em tempos fala mais alto. Mas ele tem se calado ultimamente.
Calei-o pra ver se vivo melhor comigo mesma e com os outros. Cansei do “tempestade em copo d’água”, dos exageros dramáticos e das conversas fiadas que só me cansam a pele e o sono. Aprendi a ceder e as coisas se tornaram mais práticas até certo ponto. Difícil, porém, é ceder sozinha, fazer o trabalho de vários ou sustentar os fatos nas costas, como se a culpa fosse minha companheira fidedigna, mesmo nos tempos em que minha consciência anda limpa e meu espírito em paz.
Cansei dos prolongamentos, mas exijo a conversa. Quero os pratos limpos, pingos nos “is” e a roupa suja lavada, seca e passada em cima da cama, pronta para ser usada novamente. Sinceridade é a base e eu preciso dela por completo para expulsar a insônia das minhas noites que já são curtas o suficiente para haver mais alguém atrapalhando.
Se é pedir demais para os outros, não sei. Mas para mim, esse é o pacote básico, sem bônus ou brindezinho grátis. E, por enquanto... eu me contento com ele.
Calei-o pra ver se vivo melhor comigo mesma e com os outros. Cansei do “tempestade em copo d’água”, dos exageros dramáticos e das conversas fiadas que só me cansam a pele e o sono. Aprendi a ceder e as coisas se tornaram mais práticas até certo ponto. Difícil, porém, é ceder sozinha, fazer o trabalho de vários ou sustentar os fatos nas costas, como se a culpa fosse minha companheira fidedigna, mesmo nos tempos em que minha consciência anda limpa e meu espírito em paz.
Cansei dos prolongamentos, mas exijo a conversa. Quero os pratos limpos, pingos nos “is” e a roupa suja lavada, seca e passada em cima da cama, pronta para ser usada novamente. Sinceridade é a base e eu preciso dela por completo para expulsar a insônia das minhas noites que já são curtas o suficiente para haver mais alguém atrapalhando.
Se é pedir demais para os outros, não sei. Mas para mim, esse é o pacote básico, sem bônus ou brindezinho grátis. E, por enquanto... eu me contento com ele.
Ingrid Tinôco
"Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso."
Clarice Lispector
4 comentários:
Isso se chama maturidade.. lá na minha terra!
Chega de barracos, vamos viver bem, sem tantos problemas!
bj
Queria muito escrever oq vc escreveu com as suas palavras! Muito bom :) Bjs
Muito bom, Ingrid!
Adorei me encontrar em alguns trechos!
Fechou com chave de ouro..
Adoro essa leveza!
sou suspeita, confesso. mas adoro os seus textos (:
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