quarta-feira, 29 de abril de 2009

Com açucar e com afeto??

Era preciso que lhes dissessem mil vezes o quanto era doce, falsas talvez. Não adiantava, ela não acreditava. Também, pudera, com aquele gênio era difícil que ela mesma cresse em sua doçura, era bem verdade que adorava crianças, carinhos, abraços e sorrisos – e isso era algo que não lhe faltava – mas doce talvez não fosse aquilo, parecia que o adjetivo pedia muito mais e ela não sabia se se encaixava ali. É que parecia ser orgulhosa demais, o que na verdade era, e se conseguia saber ao certo o que havia por trás daquele ar de mistério. É que aquilo era pra poucos... Bem falando, ela era diferente de todos, e a doçura estava por trás da coragem e do encanto que não lhe faltavam, da preocupação com o sentimento alheio e da pontinha de sentimentalismo que, no fundo, ela escondia. Estava, ainda, descobrindo que podia mais, muito mais.

Ingrid Tinôco




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O texto é antigo, foi um perfil do orkut já, é que deu vontade de postar mas não consegui terminar nenhum dos 5(no mínimo) textos que eu comecei. Então vai esse mesmo, e uma reza pra que amanhã venha algo fresquinho da mente ;)

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