segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pra quê mentir?

“Mentiras sinceras me interessam...”(Cazuza)

Eu não sou adepta a mentiras, não gosto de fazê-las nem dos que fazem. Mas tenho que admitir: é impossível viver sem elas e você(e eu), por mais que duvide, vai gostar de ouvi-las um dia(se é que já não gostou).

A verdade absoluta é intolerável, incabível e inaceitável, seria o fim das relações humanas sejam elas fraternas, amorosas ou de negócios. Não quero fazer do texto um tratado de base científica, mas uma reflexão. Vai me dizer que você não prefere aquele cara que te faz elogios, te canta sempre que encontra, mas que no fundo você sabe que tem outras iguais a você, que aquilo é tudo papo furado e que ele ta só te cozinhando em banho maria? Pode não preferia, mas que gosta, gosta. Faz bem pro ego. E pense num bichinho danado de besta, mentira ou verdade, tanto faz, contanto que o massageie convincentemente.

Pode acreditar, seus amigos já mentiram pra você dizendo que aquela roupa tava boa, que você tava certa naquela situação, que aquele cara era feio demais pra você. As mães sempre dizem que os filhos são os melhores e mais bonitos, mesmo sabendo que não são, isso não quer dizer que elas não sejam sinceras. Seu pai já criou um bicho imaginário pra você ter medo quando criança só pra que o trabalho fosse diminuído. Isso não quer dizer que eles amem menos você. Você mesma(o) já disse acreditar no pra sempre a um namorado(a) sem nem saber se vai durar até amanhã.

Há mentiras que devem (nem tanto) e podem(idem) ser ditas. Porque essas (vejam bem, eu disse ESSAS, não refiro-me a todas elas) soam como a verdade que os interlocutores queriam que existisse, mas que, para o azar deles, não ocorreu. É a necessidade de melhorar a situação com uma coisa já taxada de errada, má e corruptiva.

Preciso admitir que eu prefiro certas mentiras, pricipalmente aquelas que me proporcionem prazer. Se iludir faz parte, e tenho pena daqueles que vivem sempre na realidade: nua, crua e chata.

Não é apologia à mentira, é verdade.
Não é que eu seja boba, só não preciso ser hipócrita.
Ingrid Tinôco

3 comentários:

Raylla disse...

Ooooh texto paulera! kkkkk
adoreeei, amiga! vc é fodaa! :DD

e concordo plenamente.. a mentira é necessária, de vez em quando! :]

caronliine disse...

já disse que as suas palavras são sempre bem colocadas, né?
senão, é, são sim.
e não é mais uma dessas 'mentiras certas' não. kkkkkkkkkkkkkkkk, apesar de necessárias às vezes, esse comentário é verdadeiro :P

Anônimo disse...

Não há como fugir das mentiras: nossas e dos outros. Mas não se pode confudir mentira com lealdade. Quando somos leais a outra pessoa e há transparência e confiança na amizade, a mentira passa não ser mais cabível.