quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Believe it




Pule as ondas, coma lentilhas, guarde as sementes das uvas, faça preces silenciosas para o Deus, ou os Deuses, em quem crês. Pode ser que a mudança seja de apenas dois números dentre quatro, mas e daí?! RENOVE-SE. Pense que o próximo será melhor que esse e faça por onde. Comece o ano com sorrisos e abraços, sinceridade e felicidade. Lembre dos outros sem esquecer (NUNCA, JAMAIS) de você. Grite sua felicidade aos quatro ventos; sinta a brisa leve de todas as manhãs; tome banhos de chuva; aprecie o chão gelado e o sol do verão; durma como quem não tem horários; Dance, Lute, Brigue, Chore, abrace os queridos e deseje sorte aos desafetos; Aprenda o novo e reviva o antigo; Faça novos amigos; Cultive seus amores; Seja solidário; Leia mais; seja menos sério(a). Converse com pessoas inteligentes e aprecie a leveza de um diálogo bobo. PERMITA-SE. Fraqueje, mas faça-se levantar imponente. Crie suas próprias vitórias. Aprenda com as crianças a simplicidade. Sonhe. Mude. Seja. (...) A-C-R-E-D-I-T-E.


Ingrid Tinôco

Que 2010 possa ser tão bom quanto o ano que vem se fechando. Desejo sabedoria, paz e felicidade para mim, vocês e o mundo.
FELIZ ANO NOVO, GALEEEEEEEEEEEEEERAAAAAAAAAAAAA =D

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

E virá?

Engoliu o seco para não xingar as portas. Era noite e ninguém de interesse escutaria o que ela desejava.

Sentou no chão gelado defronte a janela, esperou o vento balançar-lhes os cabelos e os pingos que caíam lá fora respingar-lhe o rosto. Enquanto pensava, não haveria quem se importasse com aquilo. Parecia boba por isso. Queria perguntas, era difícil? Ou não.

Bastava que mostrasse interesse, sabe? O mínimo que a tranqüilizasse. Um afago e a certeza de que a deixaria bem.

Queria que se importassem, só isso. Que houvesse iniciativa.

Pensou o suficiente, levantou-se e foi dormir: medrosa, fraca e ansiosa.

Ainda esperava o que não viria.


Ingrid Tinôco

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

"Só não se perca de mim..."

Preciso saber que a perda não é iminente, que as palavras soam exatas a legenda dos gestos. Quero entender que os olhos falam verdades das quais o coração teima em duvidar. E que sutilmente vais disfarçar, (me) abraçar ou (se) afastar, como cantou Skank.

Que não se afaste o suficiente para não ser mais encontrado, mas se assim quiser, avise. Que o abraço tenha sempre o entusiasmo do primeiro e deixe as saudades do que seria um último. Disfarce minhas loucuras e suporte meus silêncios como quem conversa sem palavras.

Preciso que me sintas sem regras ou medidas. E que a segurança do nós me seja a confiança do hoje e amanhã.

Digo que minhas músicas são cantadas no tom exato pela tua voz com precisão nas letras, e seria estranho se, ainda assim, nada acontecesse... digo e roubo, para nós, o All Star Azul de quem, um dia, Nando Reis falou.

Ingrid Tinôco

domingo, 6 de dezembro de 2009

Hora de seguir

O ano já passou e, com ele, quase duas décadas. Você continua aí, com os passos lentos de sempre, com a cabeça baixa de sempre, calando quando tem de falar e falando quando ninguém pode ouvir.

A pior covardia é render-se aos medos bobos. Você já sabe que não existem monstros em baixo da cama e a bruxinha que atormentava seus sonhos já partiu há tempos. Hora de crescer, mocinha.

Só vão entender que você já pode andar sozinha quando soltar a mão que insiste segurar seus dedos, que já estão grandes o suficiente para exibir o esmalte carmim. Ninguém pode negar que seus passos são firmes e que sabes evitar as quedas.

Os culpados não são eles, sinto-lhe dizer... é você. Tá na hora de romper a cápsula, não acha?!

Ingrid Tinôco

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Só o básico

Eu não posso ser completa, nem pretendo. Me balanço num encaixe e desencaixe de peças que se moldam de acordo com o que passo, que vivo e que sinto. Sinto tanto que às vezes penso ser melhor esconder, é o orgulho bobo que de tempos em tempos fala mais alto. Mas ele tem se calado ultimamente.

Calei-o pra ver se vivo melhor comigo mesma e com os outros. Cansei do “tempestade em copo d’água”, dos exageros dramáticos e das conversas fiadas que só me cansam a pele e o sono. Aprendi a ceder e as coisas se tornaram mais práticas até certo ponto. Difícil, porém, é ceder sozinha, fazer o trabalho de vários ou sustentar os fatos nas costas, como se a culpa fosse minha companheira fidedigna, mesmo nos tempos em que minha consciência anda limpa e meu espírito em paz.

Cansei dos prolongamentos, mas exijo a conversa. Quero os pratos limpos, pingos nos “is” e a roupa suja lavada, seca e passada em cima da cama, pronta para ser usada novamente. Sinceridade é a base e eu preciso dela por completo para expulsar a insônia das minhas noites que já são curtas o suficiente para haver mais alguém atrapalhando.

Se é pedir demais para os outros, não sei. Mas para mim, esse é o pacote básico, sem bônus ou brindezinho grátis. E, por enquanto... eu me contento com ele.




Ingrid Tinôco

"Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso."
Clarice Lispector

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Cadê?

Tem faltado-me a sensibilidade e o tato. A sinestesia de olhos fechados e o gosto apurado. Ando vivendo numa lucidez tamanha que a realidade me entedia aos montes. Sinto falta das flores e do cheiro. Procura-se um jardim encoberto por daninhas do tempo que lhe tiraram o brilho e os sonhos. Nuvens de algodão desenhando céus e gotas de água limpa para lavar a alma; Luz, também pede quem vos fala.


"E esse vazio que ninguém dá jeito? Você guarda no bolso, olha o céu, suspira, vai ao cinema, essas coisas. E tudo, e tudo, e tudo."

Caio F.



Ingrid Tinôco

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Desligou e queria atirar pela janela. Conteve-se. Havia cansado, não tinha dúvidas. Já não ia conseguir fingir o riso e acreditar que estava tudo bem, as máscara não lhe caberia e os olhos seriam a primeira denúncia do que estava entalado garganta abaixo, como comida que não foi deglutida. Empurrara uma, duas, talvez três. Pedira desculpas para não prolongar as delongas, deixara pra lá porque reclamar não valeria à pena. Desgaste, meu bem, desgaste, ela havia cansado disso tempos atrás e resolvera fazer diferente. Viver um dia de cada vez e deixar o pouco pra lá, detalhes só devem ser notados quando para o bem.
O jogo mudara e as opiniões variaram.
Se fosse de gritar o bairro inteiro teria escutado freqüências diferentes até o ouvido doer naquele dia. Mas sua raiva saía de outra maneira e recorreu às palavras para acalmar-lhe a alma. Seria cômico se não fosse trágico, e nem se importou se o “senão” era junto ou separado. E daí?! Perdeu o ânimo que alimentara a semana inteira. Era sexta, queria o tudo e a noite começou inútil.
Sempre soubera que alimentar expectativas era a pior maneira de se começar qualquer coisa. Próxima vez que esperem ou desistam. Quem quer, faz por onde.

“ E qualquer desatenção - faça não! - pode ser a gota d’água.”
(Chico Buarque)
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Minha semana foi o cão, fim de período é o inferno e meu fds começou com o pé esquerdo, ou melhor, sem pé nenhum. Que os livros me sejam a companhia mais fiel, porque do resto eu desconfio até de mim.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Vamos à vitória?!

Era o querer e temer misturados numa batida de arrancar lágrimas de tensão e sorrisos de esperança. Eu sei, já passei tantas vezes por isso que posso contar quase detalhadamente aquela sensação, por mais difícil que seja descrevê-la.

É o desafio visto de frente. Encontrar-se numa estreita linha que separa vitória de frustração. Corda bamba que só com tranqüilidade suficiente conseguimos nos equilibrar e pender para o lado certo, no momento certo.

E a coragem tem que ser amiga, confidente fiel e a acolhedora dos momentos de fraqueza.

Aquele clichê de “o que é seu está guardado” sempre me tirou a paciência. Mas creiam, é verdade. Para aqueles que lutam a recompensa é certa, e você, como eu, vai lembrar exatamente daquelas palavras de que tanto desacreditamos pelo costume do uso.

Eu queria poder abraçar cada um dos meus amigos que estavam naquela sala e dizer que eram eles os próximos a estarem ali em cima, como eu, representando um futuro pouco distante , tão árduo quanto aquele presente, mas com uma satisfação inigualável.

Que a caminhada feita até aqui se mantenha a passos firmes. Acreditem em si porque o resto é resto; os outros não farão sua vitória e você nada deve a eles. Os concorrentes são detalhes: SUPERE-SE, isso que importa. E a prova, meu bem, convenhamos, é só um pedaço de papel. Ainda duvida de quem vai ter o nome passando pela telinha azul em janeiro?

Aos meus amigos e ao namorado, que os melhores dias do ano sejam esse domingo, segunda e terça. A sorte eu desejo aos despreparados e desesperados, só!



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p.s.: Vestibular da UFRN é esse fds, e o texto vai dedicado aos que vão fazer, mas tenho certeza que se aplica a outros desafios que exigem tanta coragem quanto esse!

beijo

sábado, 7 de novembro de 2009

E se?!

Queria parecer firme, convicta e segura de si. A verdade é que fraquejava sem que ninguém visse e dialogava com a insônia seus piores segredos. E se gritasse, chorasse e esperneasse? E se os quatro cantos acabassem sabendo que a moça também chorava, odiava ser contrariada e tinha pavor em pensar que o futuro era incerto? Ia parecer feio, não é?

Calou-se, como sempre.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Soprando leve

E ela acordara leve. Pisou o chão gelado e teve a sensação de sentir-se viva como há tempos não sentia.

Parecia ter despertado de um sono intenso e revigorante, como se tivesse dormido uma e acordado outra.

Deixou no travessero as angústia e medos, as raivas e desesperos, a face séria e o diálogo cansado. Espreguiçou-se para o novo eu, abraçando-o junto com os primeiros raios de sol da manhã.

Penteou os cabelos com calma, era assim que deveria ser. Lavou o rosto com águas novas e viu no espelho as alegrias que nunca deveriam ter pensando em sair dali. Perguntou-se porque passara tanto tempo reclamando da vida…não achou resposta.

Sentiu prazer novamente em segurar o lápis e rabiscar palavras, nos pequenos gestos, naqueles detalhes. Tinha tudo que precisava e corria atrás do futuro que ela mesma planejara. O que mais desejaria? Os sonhos estavam ali, sendo concretizados pouco a pouco.

Prometeu ler mais, sorrir mais, ser mais doce e mais firme, comer melhor, nadar para expulsar os ruins e fazer bem a si. Queria sentir-se viva todos os dias e fazer algo para isso acontecer.

Era assim que as segundas-feiras deviam começar e terminar, pensou a moça baixinho. Dormiu ansiando a terça, não mais o sábado.

Ingrid Tinôco

terça-feira, 20 de outubro de 2009

The End

E a gente inventa histórias para não cair na realidade. E vai pensando que podia ser quando na verdade não é. E acredita nas desculpas porque o gostinho do que elas trazem é bom. E vamos engolindo sapos só pra sentir as borboletas no estômago outra vez, mas vejam só: sapos pulam, não voam, e não tem belas asas coloridas! E a gente pisa na lama e insiste em dizer que a nova cor da calça ficou linda, que basta botar para lavar se quiser o antigo de novo.

Não basta!

Melhor chorar agora que quando a faca(na qual sob a ponta você está dando murros) acabe por causar ferimentos mais profundos.

Eu sei que você espera muito dos outros porque se doa por inteiro(ao contrário de mim, não é?!) e acho isso bonito, na maioria das vezes. Mas coração se ilude fácil, e brincar de iô-iô com ele não funciona. Uma hora a cordinha cai do dedo e os estilhaços voam longe, pra recuperá-los gasta tempo, viu?!

É preciso saber quando as etapas chegam ao final, Fernando Pessoa já dizia isso. E por mais que você insista em ficar nela, uma hora vão te expulsar.

Mas dê aquele último “adeus” só pra não jogar fora o que você preparou. Depois esqueça os diálogos ensaiados, o número, o cheiro. Fique com os flashes bons e só…eu disse SÓ.

Replay não continua filme e eu quero ver um final feliz na sua história.


Ingrid Tinôco




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Que fique claro aos leitores, apesar de já ter colocado no marcador, essa história não é minha, viu?! Não agora! Meu coração anda muito bem, ocupadíssimo e feliz ;)

domingo, 18 de outubro de 2009

Meu "sinto muito"

Faltavam-lhe motivos e sobravam emoções. Pensou no “se” com ela e no “está sendo” com o outro. Não era pena, nem sabia se compaixão. Mas era um bixinho estranho que lhe mordera o peito e lhe fizera crer que a vida é mesmo algo muito frágil.

Queria abraçar e dizer que estava tudo bem, mas não estava e isso não adiantaria. Preferia que mágica lhe fosse concedida, que Deus rebobinasse o filme e fizesse diferente. Que sorrisos fossem pintados, ou mesmo rostos sérios, ao invés de lágrimas. Pensou que poderia ter se feito mais presente.

Não conseguia medir aquela dor e nem queria, gotas rolaram só de imaginar. Abraçou-se com o cúmplice de sangue e pediu-lhe que não a deixasse, fê-lo dormir sabendo que o amava com todas as forças que esse sentimento podia ter.

Agradeceu a Deus pelas graças de sempre e pediu-lhe paz àquela família e à amiga querida.



Descobriu, então, que não sabia lidar com a morte. Sentiu doer outra vez.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ora, tenha a fineza de desinventar

É que tem horas que preciso gritar pra não morrer de angústia. E não há quem veja penas por trás dessa vidinha fácil que eu teimo em levar.

E quem disse que há? Invento-as e sofro pelas minhas próprias ilusões.

É que o faz de conta acabou e a vida real é chata. E olha que ainda nem entrei no carrossel que há por vir, ainda estou comprando ingresso na bilheteria, com um medo incontrolável da montanha-russa fitada ao fundo, mas ânsia insaciável da futura euforia.

Estresse, meu bem, estresse. Auto-controle mandou lembranças e disse que qualquer dia me visitaria. Quando eu crescesse o suficiente para isso.

Já falei aqui que crescer dói, não foi?!

Pois é...sinto dores e ando capenga, como uma velha que se entrega à idade.

Entregar-se é feio, eu sei! Mas fraquejei, e aí?! Vai brigar comigo também ou me deitar no colo e alisar os cabelos?

Talvez bastasse.

Agora eu grito - como o Chico (Buarque, claro) - para o infeliz que inventou a tristeza ter a fineza de desinventá-la. Rápido, se não for pedir demais!


Ingrid Tinôco

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

será?!

Ela reclamava, xingava, enchia os olhos de lágrimas que não rolavam de teimosas que eram. A vontade era de gritar, ou melhor, de rasgar, jogar tudo pro alto e se jogar na piscina mais próxima. Esfriar as idéias, re-esquentar as turbinas que andavam congeladas pelo caminhar que as coisas vinham levando. Faltava-lhe a vivacidade de sempre. E mesmo que o sorriso mostrasse alegria, alguma coisa na maquinaria interna não andava bem.

Sentiu saudades do antes, do sono, do salto, da música e das conversas sem nexo em plena madrugada.

Todos os dias acordava pensando se estaria no lugar certo.

E dormia pensando que não queria sair dali.


Ingrid Tinôco

domingo, 4 de outubro de 2009

Com açúcar e com afeto

"Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida."
Caio Fernando Abreu


Me veio com bônus de doçura e um quê de seriedade. Açúcar e afeto na medida certa, como ouvi naquela música. Porque se transbordar, estraga, e o bom é aproveitar os detalhes.
E vamos aos poucos descobrindo gestos, frases e forças. E os seus verdes vão encontrando os meus escuros e falando aos poucos, baixinho e junto.
Porque felicidade a gente constrói, e meus alicerces já estão à mostra.


Ingrid Tinôco

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Nunca se sabe

A verdade é que a gente nunca sabe.

Nunca sabe quando o caldo vai entornar, a zebra vai aparecer, o príncipe vai virar sapo; e a princesa, bruxa. Se vamos ser felizes para sempre ou ter de juntar os caquinhos mais uma vez.

Se soubéssemos - que beleza! - a fantasia de sempre seria a realidade comum. Mas...e quem gosta do comum? E o frio na barriga das primeiras vezes? As borboletas no estômago a cada novo encontro? E a incerteza medrosa que terima em intimidar por mais que você queira desapegar dela? Guardar tudo numa caixa secreta e não abri-la nunca mais seria maldade (mais para você que para qualquer um!).

Já me regrei, policiei, reservei e...cai. A diferença é que ninguém viu meu salto alto quebrado, mas eu voltei num caminhar manco e escondido para resolver: "Isso nunca mais vai acontecer!" De onde tirei essa "brilhante" idéia quero nem imaginar.

A verdade é que se for pra cair(de novo) que tenha aproveitado a queda livre, que agora eu grite tudo que quero, que a adrenalina transforme medo em satisfação e que o vento me arranque sorrisos inesperados. Se é pra pular, não me darei regras. Voar ainda não aprendi, mas levantar não mata e dores, se houver, passam... se passam.

Eu só (me) peço cautela.


Ingrid Tinôco
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Eu juro que não quero abandonar o blog, mas tá muito difícil. A medicina continua roubando quase todo meu tempo e minha inspiração. Não tenho mais visitado os amigos blogueiros por isso e peço desculpas pela ausência. Tenho fé que consigo ser mais assídua e criativa! beijos =)

sábado, 22 de agosto de 2009

Lembre

Agora me olhe devagar para que não esqueças meu rosto, esse mesmo já olhado tantas vezes. Em quantas eu vi a ternura que hoje falta?!
Lembre do olhar cansado que outrora inexistiu e que hoje me faz menos forte, porém mais intesa. Do cabelo comprido que espera ansiosamente um corte que ainda não chegou, mas vem em breve. Do abraço de que eu tanto gosto e que poucas vezes tiveste. Da minha falta de palavras faladas, e do excesso delas escritas.
Da face sempre estampada com um riso bobo, que hoje guarda essa seriedade incomum.
Lembre do que você ainda nem viu e do que não foi capaz de ver.
Agora se não quiser, esqueça. Deixe que eu mostre o outro lado, e eu até te deixo escolher.
E se preferir sair, tenha educação. Acene de perto, e feche a porta.
Mas me olhe devagar…


p.s.: Desculpa a falta de posts. Minhas aulas começaram e a medicina tá roubando todo meu tempo. Preciso agradecer aos que me mandaram selos e juro que depois eu posto eles direitinho =).

domingo, 9 de agosto de 2009

Despedindo-me

Hoje eu escrevo como diário, sem metáforas ou frases elaboradas. Vai ser o que vier a cabeça e vier do coração, porque essa semana foi de despedidas isso é algo que não me apraz.
Foi do nado, uma (re)despedida com gosto de saudades e lembranças de dois anos atrás, quando eu saí da piscina com pulmões na boca e lágrimas nos olhos. Era minha última competição de verdade, e foi o melhor solo que eu fiz até hoje. Outubro de 2006, poucas vezes eu chorei tão compulsivamente como naquele dia, sendo acompanhada por quem me via, vale dizer. Dessa vez não teve música, coque, platéia, árbitros ou mesmo água. Foi uma despedida silenciosa, de quem foi atleta por 7 anos, voltou pra matar as saudades mas não conseguiu ser assídua, e dava adeus as piscinas silenciosamente, com um aperto por não ter se doado mais nesses seis meses. Ficam as lembranças, narizinho, óculos, touca e muitos(eu disse MUITOS) maiôs pra quando puder dar uma escapada e relembrar as piruetas aquáticas. A gente constrói uma família sem nem se dar conta.

Foi das férias prolongadas que chegaram com gostinho de vitória em janeiro desse ano. Tive 8 meses de acordar tarde, dormir a hora que quisesse, sair todos os fins de semana, ler o que quisesse, ver de noticiário à programa de fofoca sem peso na consciência, sem obrigações ou exigências. Amanhã a mordomia acaba, começa uma nova(e tão esperada) etapa de vida junto à medicina. Aquele friozinho na barriga ainda não me acometeu, acho q pelo tempo todo que eu já tive pra absorver a idéia, mas tenho certeza que a noite vai ser intranquila, ansiedade subconsciente é o meu forte! Medicina, aí vou eu :).

E deixei por último a primeira das despedidas. A da AMIGA querida que partiu rumo ao sonho, também da medicina, em outra cidade. Ela que me ensinou o real valor de uma amizade, daquelas em que a gente pode confiar de verdade e me permitiu ensinar o quão frágil são as juras pra que não precisem ser mencionadas. Hoje a gente tenta aprender o significado daquele clichê “quem disse que pra estar junto precisa estar perto?”. Tenho certeza que não! Mas a saudade já se faz apertar só em pensar. Ela é a do tipo “pau pra toda obra”, quem me oferece colo sem que eu precise dizer que estou mal, quem escuta pacientemente meus casos e descasos amorosos, rindo da minha “sorte” e aconselhando no próximo passo. Quem partilha de histórias que até Deus duvidaria se não estivesse vendo, quem ri comigo por bobagem, puxa minha orelha se preciso e constrói os devaneios mais mirabolantes(eu venderia coco na praia porque não beberia o estoque e ela ia vender brincos, o porquê eu não sei, já que habilidades manuais não são seu forte! Hehe). Desejo a ela toda a sorte do mundo e sei como ela é forte pra encarar a nova vida da melhor forma possível. A amiga de todas as horas vai estar sempre aqui pro que der e vier, e graças a Deus existe telefone, msn, orkut e ônibus! Hahah! A ela, todo o meu amor!

Vou ficando por aqui, que não haja mais despedidas essa semana porque já basta!
;*

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

...ele pode se tornar realidade

Sentiu-se corrompida e suja, como quem faz algo de errado e se diverte, como quem faz maldade e ri. A verdade é que riu, não ia mentir. Riu da situação, dos participantes, da platéia que assistia a cena atônita e boquiaberta. Ela se incluía nesse grupo, vale salientar, vivia uma dualidade entre platéia e protagonista. Maldita dúvida que a perseguia dando tréguas esporádicas e quase convincentes, que logo dissipavam-se feito vento.

Pensou que tinha desejado aquilo por tempos a fio e agora o temia e evitava. Os planos saíram do controle. Sabe aquele velho “cuidado com o que deseja”? Poucas vezes experimentara seu significado real como agora. “- E então?!” Repetia isso todas as manhãs. Agora aguente, meu bem! Mexeu com fogo porque quis, se queime sozinha e, de preferência, não deixe cinzas! Elas deixam vestígios do que passou e não é isso o que você quer, estou certa?!


Ingrid Tinôco

Tô lutando com força contra a falta de inspiração, mas tá oooosso! Por isso as postagens estão espaçadas =/!
Obrigada a Ludmila pelo selinho! Como eu já tinha ganho o selo e pelo que eu vi meus desejos de consumo continuam os mesmos é só ver a postagem MEDICINA.

domingo, 26 de julho de 2009

De olho na estrada

Eu nunca fui de pegar carruagens, minha fase de conto de fadas já passou e eu preferia ir a pé. É que eu já caí algumas vezes de umas aparentemente bonitas e confortáveis, preferi não correr mais o risco. Eis que o destino me prega uma peça(mais uma).

Ofereceram-me carruagem luxuosa e um passeio bom, a promessa de um guia seguro, e uma estrada boa, sem acidentes de percurso. Imaginei que as quedas podiam ter sido pelo peso da armadura. Despi-a , entrei com os dois pés(como nunca faço) e nem olhei pra trás, deixei lá os arranhões que as vezes ardiam. Já senti chacoalhar, mas a paisagem da estrada ainda me parece agradável, mesmo que certas vezes algumas paradas me gerem impaciência e pensamentos indesejados.

Agora torço pra que a viagem continue tranquila, que o condutor insista em perguntar se eu me sinto bem e que não resolva abandonar a viagem no meio do caminho…resumindo: que a carruagem não vire abobóra porque eu não tenho vocação pra Cinderela e minha fada madrinha tá ocupada com outros assuntos mais importantes.

Mas se for preciso, meu bem, eu sigo a pé ou pego carona, nem se preocupe ;)


Ingrid Tinôco


p.s.: Dois textos num dia só porque minha raiva anterior já passou =)

Não prometa o que não pode cumprir

Eu falo sério, se é pra não cumprir não prometa. Eu sou chata, bato o pé e fico com raiva SIM! Você não sabe o valor que aquela bala prometida num domingo a noite por telefone pode ter pra mim. Então se prometer…cumpra. Porque eu me apego a detalhes, me elpolgo com pouco e boto fé no que me fazem esperar. E se tem uma coisa que me frustra é mudança de planos de última hora, e pior ainda, por motivo algum. Sabe criança? Que quando você diz que vai fazer alguma coisa fica te perturbando até conseguir?! Eu não perturbo porque acho incoveniente, mas espero sempre que sua memória seja boa assim como sua vontade. Então não me desaponte.

Quer me ver irada? Faça planos comigo e quando chegar uma hora antes me avise que não vai mais. E melhor: PORQUE NÃO TÁ COM VONTADE. Ir na esquina ou num baile de formatura pra mim faz o mesmo efeito. Me mande ir sozinha também, porque você não deve me conhecer suficiente pra saber que eu odeio andar sozinha né?!

E eu engulo seco, mas desce rasgando garganta abaixo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Aos amigos, todo meu carinho!

Os meus amigos têm aquela metade bobeira e seriedade de que fala um autor por aí. Tem os olhos vivos na minha alma, e o sorriso alegre nas próprias faces. Eles não foram escolhidos, nem me escolheram, só aconteceram. Assim, como quem não quer nada, como quem chega devagar, me descobre devagar, tantas vezes sem querer, e ficam devagar, sem pressa, sem cobranças, sem rodeios.

Aos meus amigos, todo o meu carinho.


Feliz dia do amigo =)
('Especialmente especial' pras minhas friends queridas de quem eu nem preciso citar os nomes)



Ingrid Tinôco


Obrigada a menina do blog pelo selo:

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Há de querer ficar...

E que hoje não tenhamos propósitos pra vestir o sorriso mais bonito e desfilar a fantasia de felicidade. E que ela seja real, concreta. Daquelas que grudam no corpo como segunda pele, ou tatuagem permanente.
Festeje o dia como se fosse sábado, ou sexta, ou o seu preferido. E daí se ainda é terça-feira e a semana só acabou de começar? Durma como se o travesseiro o abraçasse e embalasse com uma doce canção de ninar, daquelas que sua mãe entoava ao pé do ouvido nas noites inquietas.
Eu, pelo menos, vou cantar aquela música que me lembra alguém, não me importando se a recíproca é verdadeira. Gritar até a garganta doer e os olhos chorarem gargalhadas. Fantasiar situações, ensaiar frases, repassar diálogos que não vão existir. Deitar no chão pra sentir o gelado.
E vou esperar mais dos outros. Prometo.
E vou continuar assim. Porque a felicidade passou por aqui, ouviu, e se era de samba eu não sei, mas resolveu ficar.

Ingrid Tinôco


p.s.: Eu não tô conseguindo postar o selo que ganhei há um tempão já! O blog tá dando erro direto =/

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Como queria que fosse

Olhou-a de lado como ela gostava, com aquele olhar que intrigava e confortava. Chamou-a de minha sem que ferisse seu orgulho. Ali, ela não se importava em ser posse, não por causa de um pronome, apenas.

Chegou mais perto; palavras esquecidas tomadas por um silêncio que falava. Escreveu sua boca nos lábios dela sem que os pintasse, contrariando Nando Reis e sua música por um mero detalhe. Beijou-lhe a alma. Ele também tinha um jeito manso só seu, tornando não exclusivo os versos que Chico cantou.

Arrepiava-lhe o corpo, enfeitiçava-lhe a mente e alviava-lhe a alma.

O toque. Ela precisava daquilo de que não era privada. Daquele andar manso, lado a lado, mãos entrelaçadas sem que se sentissem. Ele não. Ela sim. Não sabia explicar o porque, mas aquele detalhe tão comum mexia consigo sem que soubesse o motivo.

Era magia de pele.

E o abraço selava o pacote escolhido. E o sorriso era a propaganda sincera do que estava exposto, escancarado, para quem quisesse ver.


Ingrid Tinôco





p.s.: Depois eu posto o selo novo =D! Obrigada desde já ;)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Medicina

Aos nove, já havia uma certa segurança(relativa às crianças dessa idade) quando perguntavam-me:

“ O que você quer ser quando crescer?”
“- Médica”, respondia a moreninha alta,de cabelos lisos e franjinha curta que agora já estava na 5ª série.

Minha mãe respondia aos questionamentos alheios com um certo ar de indiferença: “ É, ela diz que quer medicina, mas falta tanto tempo, isso muda tanto!”
Não mudou.

O tempo passou e eu acabei por inserir na minha personalidade que aquela seria a profissão que eu queria levar para o resto da vida. Não tenho pais médicos, nunca ninguém me influenciou, o look branco total não me encanta e nem sou pedante suficiente para quererem que me chamem de doutora. Até hoje eu me pergunto o porquê de querer isso, e nunca me vem uma resposta à mente quando me fazem esse questionamento.

Talvez seja o desafio. Eu me arrepio ao pensar que posso ter a vida nas minhas mãos, dependendo dos meus cuidados. Isso soa belo e assustador.

E eu já não consigo definir mais nada.

Daqui a mais ou menos um mês começa a minha jornada que há dez anos eu escolhera como por brincadeira. Aí talvez eu descubra o porquê de ser medicina.

Há um certo misto de ansiedade, insegurança e empolgação nesse ser que vos fala. Mas um sorriso no rosto ao pensar que foi isso que eu sempre quis, era aqui que eu sempre quis estar, pelo menos até agora!

“ Escolhemos medicina porque queremos salvar vidas. Escolhemos medicina porque queremos fazer o bem. Escolhemos medicina pela adrenalina... pelo barato... pela viagem.”
(Grey’s Anatomy – 4ª temporada)



Ingrid Tinôco




Agradecimento triplo ao selo que recebi:
Priscilla ( http://priscillarode.blogspot.com/)
Kekel (http://kerliannegomes.blogspot.com/)
Andreza (http://garotaimpulsiva.blogspot.com/)
Regras desse Selo:

1) O selo deverá ser exibido no blog.
2) Linkar o blog que indicou o selinho.
3) Listar cinco desejos de consumo que te deixariam mais glamourosa.
4) E como o que é bom é para dividir. Deverá indicar dez amigas para receber o selinho e avisá-las do mimo, é claro.



5 desejos de consumo:
- Mark Sloan (kkkkkkkkkk)
- Paris, meu bem, PARIS!
- Guarda roupa novo( Digo os modelitos, lógico)
- Mega coleção de sapatos (Yes! I love shoes)
- Um New Civic Sport Vermelho (Pq eu sou básica! =P)


Indicados:
http://raycuca.blogspot.com/
http://reteressenciass.blogspot.com/
http://nandagurgel.blogspot.com/
http://iiinsanegarden.blogspot.com/
http://manuhmarroquim.blogspot.com/
http://100meiasverdades.blogspot.com/




sábado, 4 de julho de 2009

Que não se repita!

Viu a história se repetir mais uma vez. Passou um filme. Ok.
Raiva.
Descrença.
Aquela velha desilusão de sempre. Raiva outra vez. Aquele nó na garganta que sempre dava quando estava prestes a explodir.

Tocou uma vez.
Tocou duas.
Tocou três.

Alívio.
Alarme falso. Que a raiva agora fosse do tempo.

"- Isso sempre acontece com você, bicho.”

- A gente combina, então. - Pensou sorrindo de lado - Comigo também!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Só um

"Me dá só um dia e eu faço desatar a minha fantasia"
Chico Buarque




A frase do dia, fato. E tinha que ser dele né?! Preciso dizer que sou fã? =)

Ah...ganhei o selo A dona desse blog é uma fofa mais duas vezes. Agradecimento duplo para Andreza (http://garotaimpulsiva.blogspot.com/) e para Karen (http://100meiasverdades.blogspot.com/). Obrigada meninas. Meu questionário e os indicados eu já fiz no post passado, é só clicar no nome do selo onde eu mencionei antes =)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

...e acreditava!

''...E parecia uma menina cheia de fé em tudo aquilo que suspeitava real, embora invisível.''
(Caio Fernando Abreu)

Por mais que quisesse provar o contrário com pensamentos premeditados e até racionais, era mentira. Ela ainda acreditava. Naquilo e nos outros. Pensava em demasia, sentia em quantidade e expressava em poucos. E daí? Não se importava. Eu sabia que era mentira. Ela sempre tinha o menor em vista, esperando que lhe provassem o contrário. Como quem vai esperando pouco, mas querendo o muito lá no fundo. Se caísse, o chão pareceria mais fofo já que esperava a pedra. Se subisse o céu pareceria mais azul, pois o imaginava negro. E assim seguia numa coragem disfarçada, numa frieza falsa.

Sabe quando o Chico cantou “Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito/ exijo respeito/ não sou mais um sonhador/ Chego a mudar de calçada/ quando aparece uma flor/ e dou risada de um grande amor...” e no final vem aquela voz gritando “MENTIRA!”?! Tenho pra mim que assim era. No íntimo, ela queria os campos de flores e os grandes amores. Mas aquilo era invisível aos outros e ela preferia fechar os olhos também. Mas no quarto escuro, com a porta trancada e o silêncio absoluto ela abria-os como quem nunca enxergou nada, e admirava, deslumbrada, o que insistia em esconder.



Ingrid Tinôco

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sem título =)

- Viva enquanto viver! A morte perde seu terror quando se morre depois de consumida a própria vida! Caso não se viva no tempo certo, então nunca se conseguirá morrer no momento certo.”

(Quando Nietzsche Chorou - Irvin D. Yalom)



Deixo a reflexão curta de um dos livros que estão no topo da minha lista de preferidos.

Tô num período de alguemas idéias e pouca praticidade pra pô-las no papel numa ordem mais ou menos lógica. Elas acabam se perdendo ou virando aquelas confissões de travesseiro em plena madrugada. Vamos ver se próxima vez eu conto a mais alguém ;).



Recebi mais SELOS da Priscilla (http://priscilarode.blogspot.com/). Obrigada outra vez :)

Regras:

1- Exiba a imagem do selo "Olha que blog maneiro".
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 8 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.


Vou indicar:

http://kerliannegomes.blogspot.com/
http://raycuca.blogspot.com/
http://varcelly.blogspot.com/
http://reteressenciass.blogspot.com/
http://nandagurgel.blogspot.com/
http://iiinsanegarden.blogspot.com/
http://manuhmarroquim.blogspot.com/




A regra desse outro selo é responder o questionário! Vamos lá:


1- MANIA: lavar os pés antes de dormir (mesmo que eles estejam limpos)

2- PECADO CAPITAL: Gula

3- MELHOR CHEIRO DO MUNDO: Cheiro de chuva...adoro =)

4- SE DINHEIRO NÃO FOSSE PROBLEMA EU: Tinha um guarda-roupa do tamanho da minha casa e viajava todo mês pra um lugar diferente

5- CASOS DE INFÂNCIA: Eu não parava de falar. A família conta casos até hoje dessa minha monopolização dos diálogos =)

6- HABILIDADES COMO DONA DE CASA: Eu enxugo e guardo uma louça como ninguém! hahaha

7- O QUE NÃO GOSTA DE FAZER EM CASA: Varrer!

8- DESABILIDADES COMO DONA DE CASA: Todas! kkk! Não sei cozinhar, mas eu aprendo =)

9- FRASE: "E pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz" (Chico Buarque)

10- PASSEIO PARA ALMA: Não existe um passeio certo, depende da necessidade da alma!

11- PASSEIO PARA O CORPO: Eu adoro uma festa =x!

12- O QUE ME IRRITA : Que duvidem de mim ou pessoas grossas sem necessidade


13- FRASE OU PALAVRA QUE FALA MUITO: "Tem essa não!"

14- PALAVRÃO MAIS USADO: Por**

15- DESCE DO SALTO E SOBE O MORRO QUANDO: Mexem com minha família ou quando pisam nos meus calos de alguma forma!

16- PERFUME QUE USA NO MOMENTO: Eu não uso um só. Depende da ocasião e do humor.

17- ELOGIO FAVORITO: Nunca parei pra pensar num elogio favorito. Desde que sejam sinceros, qualquer um é bem vindo!

18- TALENTO OCULTO: Tô pra descobrir de tão oculto que está =)

19- NÃO IMPORTA QUE SEJA MODA NÃO USARIA NEM NO MEU ENTERRO: Prefiro nem comentar. Eu já falei que não usaria milhões de coisas e acabei usando depois. Mas tem um maiô que tava no spfw esses dias que jamais, esse JAMAIS eu usaria. Nas costas tinham fios ao invés de panos, fio dental já é brega, daquele jeito então... Jesus apaga a luz!

20- QUERIA TER NASCIDO SABENDO: Dançar




E eu mando esse selo pras fofas:
http://kerliannegomes.blogspot.com/
http://raycuca.blogspot.com/
http://reteressenciass.blogspot.com/
http://nandagurgel.blogspot.com/
http://manuhmarroquim.blogspot.com/


Beeijos

domingo, 21 de junho de 2009

Não ir embora

UMA DEFINIÇÃO NÃO ENCONTRADA NO DICIONÁRIO
Não ir embora:
ato ou efeito de confiança e amor,
comumente decifrando pelas crianças.
(A menina que roubava livros - Markus Zusak)



Tem aqueles que vão embora, mas ficam. Contraditoriamente, ficam. Não importa como. Eles conseguem deixar um pedaço na gente. Uma música, uma frase, uma foto. Lembramos não como um passado, e sim como um presente que não pode ser fazer matéria ali ao nosso lado.

Outros estão ali, perto, junto, próximo e o espírito, longe. Longe o suficiente pra tornar a conversa, outrora agradável, mecânica. A intimidade, antes comum, impossível. E a música já passa despercebida, a frase já não serve mais e a foto é só mais um papel no meio de outros tantos, uma imagem que congelou um momento bom, com uma pessoa que foi embora. Saiu à francesa calmamente. Partiu e não desejou “até logo”. Definitiva e infelizmente, se foi.

Ingrid Tinôco






Ganhei meu primeiro selo :)
Obrigada pra Priscilla por ter indicado (http://priscilarode.blogspot.com/)

As regras são:
Listar cinco das suas obsessões/vícios e linkar a pessoa que te deu o selo (E colocar o selo, lógico!)


5 Obsessões/vícios:
Chocolate
Internet
Mexer no cabelo
Hidratante
Ler



E o selo vai para:
http://nandagurgel.blogspot.com/
http://raycuca.blogspot.com/
http://reteressenciass.blogspot.com/
http://kerliannegomes.blogspot.com/
http://iiinsanegarden.blogspot.com/



Beijo, gente.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Só hoje

Não, não me deixe aqui. Fique e me dê surpresas. Me dê presentes. Me dê certezas.
Hoje eu quero os sorrisos voltados para mim, a alegria destinada a mim, teu eu como se fosse meu, e o mundo inteirinho assim.
Que minhas rimas pobres pareçam ricas. Que meu olhar mais leve te pareça doce, e as palavras loucas se pronunciem lindas.
E que seja feita a minha vontade.
E não reclame, pois hoje eu posso.
Egoísta, egocêntrica, metida, dramática e hipersensível.
Não reclame.
HOJE, somente hoje, me deixe poder....

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dia dos Namorados

Querido Papai do céu,

Hoje eu sei porque o senhor insistiu pra que minha mãe me desse a luz no dia 13 de junho às 11 e quarenta e muito, quase meia noite. É por que há quase 19 anos atrás, casais de enamorados já dividiam beijos e abraços, trocavam presentinhos e sorrisos, se divertiam em jantares à luz de velas ou passeando de mãos dadas um dia antes do que seria o meu aniversário.

E como o senhor é esperto e já tem o futuro das pessoas determinado aí de cima, sabia que eu seria muito mais feliz se nascesse nesse dia. Afinal, eu não sofreria de depressão de encalhada crônica (foi péssima e deprimente essa, mas tudo bem) e estaria sempre feliz no dia dos namorados (mesmo sem ter um) porque seriam as 24hrs que antecedem o dia do ano de que eu mais gosto. Só tenho a agradecer por isso.

Mas assim, se não for pedir demais, o senhor podia bater um papo com Santo Antônio. Tenho pra mim que ele não me tem muito apreço e queria saber o porquê. Sei que é ruim dividir seu próprio dia com outras pessoas, mas avisa a ele pra não se preocupar, ele tem mérito demais e eu não entro em disputa alguma com isso. Digo que ele não me é muito chegado, pois é a única justificativa por só me enviar pretendentes que deixam a desejar.

Se bem que, por outro lado, se for pra ele fazer jus ao título de Santo Casamenteiro, pode deixar essa conversa pra daqui a alguns anos...vai que ele resolve me enviar qualquer coisa, né?! Além do mais ta muito cedo!
Antes só...

Com Carinho,
Dd




Deixando a brincadeira de lado, feliz dia dos namorados(desde já) pros que tem seus lovers e feliz dia dos encalhados(por que é assim que a gente se sente nesse dia 12) pros solteiros como eu, e pelo amor de deus, aproveitem! Nada como passar um dia a dois, mas nada também como uma saidinha de sexta a noite pra comemorar a doce liberdade né?! Vamos tirar proveito de qualquer situação :D



"É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro." ( Caio F. Abreu)

sábado, 6 de junho de 2009

Que sejam vistos

Eles procuraram a melhor roupa. O paletó das ocasiões especiais, o sapato de festa. Era preciso se perfumar “pras moças bonitas” que ali estavam. Enfeite no cabelo, sorriso no rosto e a esperança de um dia melhor. Mais um.

Uma esperava o namorado dançarino de bolero que não chegaria. Outro pediu-me uma colônia que, infelizmente, não pude dar. Mas quando os “nervos” esquentaram, eles dançaram e remoçaram. Houve a mesa das sortudas, o baralho pro jogador de damas imbatível, e o Dom Juan que encontrou sua menina e prometeu uma dança a todas.

Vi apelo naqueles rostos que o tempo marcou. Só era preciso uma dança, um toque, uma conversa paciente ou uma jogatina animada. Bastava. Eram olhos daqueles que já viram de tudo e hoje mereciam ser o alvo das visões.

“Quem eu quero não me quer, quem me quer mandei embora...”, Dona Dulce cantou sem saber que o final devia ser diferente. Eles não mandam embora aqueles que os querem, acolhem com o carinho de quem, mesmo depois de tanto, ainda acredita nas pessoas.

Ingrid Tinôco

Visita ao Instituto Juvino Barreto, 06/06/09, Medicina ufrn 2009.2

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sempre Fora...

O dia amanhecera cinza com cheiro de chuva. Ela acordara branca com gosto de sono tranqüilo. Os pensamentos eram coloridos e frescos. Azuis, verdes, amarelos, vermelhos, cor-de-rosa... Havia ainda aqueles multicores, que se misturavam e interligavam-se de forma surpreendente. Era desses que ela mais gostava, sempre fora.

Ingrid Tinôco

domingo, 31 de maio de 2009

Papo de mulher

Domingo a noite, 4 mulheres e um consenso. A conversa é verídica, eu omiti umas partes pra que não ficasse tão cansativo e nem queimasse meu filme mais ainda. Me identifiquei porque não tinha pra quê mentir, por mais que eu não queira, é assim mesmo. Vamos lá...

(...)

Friend1: o foda é que se ele num desse muito cabimento a ela, ela tava achando ruim... aí só pq ele tá em cima do que quer ela tá assim...esse mundo é muito injusto

Eu: mulher não se decide mesmo

Friend2: só gosta dos que não prestam

Eu: é...eu já cheguei a essa conclusão também

Friend1: se o omi é bonzinho demais a mulher enche o saco

Friend2: votzz... a gente só gostar daqueles q não prestam

Friend1: mulher tem uma vontade intrínseca de botar omi que num presta nos eixos... ao invés de pegar os que já se encontram nos eixos

Eu: essa é a única explicação. Isso já dá um texto novo! kkkkkkk

Friend1: é a ÚNICA teoria que se encaixa na vida da gente mulher

Eu: Amanhã eu vou escrever: mesa redonda do domingo a noite via msn

Friend1: pronto já tem sobre o que escrever quando num tiver inspirada

Eu: Tema: nós preferimos os cafas( = cafajestes)

Friend3: cafajeste fica muito forte

Eu: safados?

Friend1: num é questão de preferência acho que entra alguma coisa bioquímica ai...porque eu num consigo entender

Eu: né bioquímica não, é psicanálise isso. kkkkkkk

Friend3: só Freud mesmo

Friend2: eu não tenho nenhuma teoria p explicar ainda não... Mas quando descobrirem a solução, favor entrar em contato

Friend3: se sonharem com a solução me liguem amanhã... vou já dormir

Friend1: quando descobrirem a solução, acho que as mulheres do mundo todo vão mandar dar um fim nela... Porque no fim das contas, mulher gosta dessa condição

Eu: essa solução vai ser descoberta no mesmo dia q a gente achar a loja que vende os namorados perfeitos...

(...)





Fim de semana começou no maior estilo "Sex and the city"(sem os bonitões e as perversões): amigas, mesa de bar, língua solta e muitas - eu disse MUITAS - risadas. Nada melhor que esse post pra ilustrar meu fds(apesar da conversa ter acontecido há várias semanas atrás). Tô sem saco pra comentar minhas próprias teorias sobre o papo aí de cima, mas que tem pano pra manga, tem. Deixo a cada uma(ou um) a própria reflexão!

Boa semana ;)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Que volte

Acho que já não escrevo como antes, como escape, como fuga, como desabafo. Parece que venho pensando em demasia ao invés de “vomitar” as palavras. Construções gramaticalmente corretas, metáforas de efeito, frases que não soem clichês – por mais que sejam – tem me feito não mais sentir as letras, mas analisá-las. E, convenhamos, isso faz sentido demais, e não é isso que quero. Estou aqui pra me perder, escrevendo ‘pra’, ‘tô’, ‘tá’, próclises onde não devia, dentre outros coloquialismos. Me atrevi a colocar o coração em prosa e tô passando a racionalizar em letras. Anuncio aqui o meu pedido de desordem.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

E que venham os próximos

" Nunca tive porra de ideal nenhum, só queria salvar a minha. Veja só que coisa mais individualista, elitista, capitalista. Só queria ser feliz, burra, gorda, alienada e completamente feliz."
Caio F. Abreu




Mais um fds muito, muito bom. Que me julguem bem ou mal, minha alegria tem outro nível.


Apesar de Asa ser A S A, a música da vez foi daqueles forrós das moda que eu não ouvi menos de 6 vezes, mas ainda não cansei:
" Chooooooooora, me liga, implora meu beijo de novo.
Me pede socorro, quem sabe eu vou te salvaaaaaaaaaaar..."
Com direito a coreografia e tudo mais! Haha


Beijonaomeligaqueeutoocupadasendofeliz

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Só não se perca ao entrar...

Toc, toc

- Quem é?

...

- Ah, você! Pode entrar, e deixe a porta aberta! É, assim mesmo, como estão minhas janelas. Eu gosto do vento no rosto e de ver as pessoas que passam. Preciso desse fazer mútuo. De ver as novidades. De olhar o céu. As nuvens sempre me lembram coisas, e as cores sempre me remetem a sensações. Ah, pode falar também, eu odeio monólogos e adoro falar, seja com os outros, seja com caneta e papel(devo confessar que adoro essa última parte). Agora seja conciso, de prolixa já basta eu. E fale de coisas boas, meu humor anda muito bem pra ouvir lamentações. A propósito, detesto drama!

Pois é, eu ando preguiçosa, feito gato a ronronar pelos cantos da casa(argh, gatos!). Ainda falta-me a independência desse bicho e a tática de cair sempre em pé. Mas eu não reclamo das quedas. Receio-as, claro, mas se cair, não há pedaço que não se cole. E eu ainda posso ser elástica, se é que você me entende.
Hum! Você trouxe chocolates, que gentil! Acertou na escolha, muito bem. Devo te dizer que passei a adoçar minha vida não só com esse tipo de açúcar. Pois é... mudei! Já choro por bobagem e admiro os romances. Mas não vamos exagerar na fantasia, aquele lado meloso ainda me causa náuseas, e o excesso de sentimentalismo sem necessidade me fazem descrer. É...eu gosto do devagar e do espontâneo.

Sim! E também fraquejo. Mas volto sempre inteira ao deixar-me cortar, assim como disse Lispector sobre a primavera. Tá! As vezes falta um pedaço, mas e daí?! Adoro mudar e a mesmice me entedia desde os tempos que meu cabelo era curto e eu brincava de bonecas. Cheguei à conclusão que o fácil me apraz, mas o difícil é que me instiga. Fazer o que, né?!
Você veio pra ficar? E porque não me avisou antes? Adoro visitas e surpresas, mas não precisa tanto!

Pois bem, que fique. Mas aviso: se tocar no que é meu, sem a devida permissão, pode fazer as malas. Não seja espaçoso ou grudento. Escute música baixa, não me torre a pouca paciência, nem me venha com chorumelas. Eu preciso de espaço, do MEU espaço. E que você não ouse invadi-lo, mesmo estando de perto. Desculpe se fui chata, é que às vezes me sobe esse ar responsável.

Mas pode dar risadas, fazer histórias. Gosto de acompanhantes na minha felicidade, e você pode ser mais um. Afinal, é pra isso(também) que servem os amigos, não é mesmo?

No mais, sinta-se à vontade!


Ingrid Tinôco

sábado, 16 de maio de 2009

Procurar não resolve

“Ela procurava um príncipe. Ele procurava a próxima.”

Skank foi feliz nessa colocação, infelizmente. Ultimamente eu venho achando que essa devia ser uma daquelas “sentenças de granito” a qual todo mundo (as mulheres, em especial) devia levar consigo e enfiar na cabeça a todo custo. E isso não é revolta. Nenhum cafajeste quebrou meu coração e eu não estou precisando desabafar minhas raivas pelo sexo oposto. É só porque essa é uma verdade pura e simples.

Mulher é bicho estranho, molinho e sentimental, por mais durona que seja. E mesmo aquelas “da bagaça”, que acham que festa de aniversário é micareta e pegam geral não importa onde, quando ou quem, tem esse lado. Basta aparecer aquele “alto, moreno, bonito e sensual”(ou nem precisa tanto), com o papo bom e a dose certa de charme pra ela já começar a fazer planos e se imaginar nas próximas semanas com o dito cujo em sua vida. Elas procuram um príncipe em todos eles, quase sempre, isso é fato. E não é feio, é só assim, quase intrínseco à personalidade feminina.

Porque no fundo, e na realidade talvez, um daqueles sapos que elas insistem em beijar pra ver se o feitiço cola(por tantas vezes e com uma insistência um tanto quanto inútil dependendo do cara) realmente vai vir a ser o seu príncipe, com quem, finalmente, seu “conto de fadas” vai se realizar. Por isso é preciso imaginar com todos, afinal, um deles vai acabar servindo e se encaixando no príncipe procurado. Pobres de nós.

Do outro lado tem os “eles” da música. Porque homens são práticos. Eles beijam pelo simples fato de beijar, e que venha a próxima. Eu duvido muito que eles cheguem numa festa, fiquem com uma menina e digam “essa vai ser minha namorada”. Se existir esse, ou é muito nerd, ou é muito seco. Se nenhuma das opções servirem, me manda o orkut dele pra eu dar meu diagnóstico de futura médica, ok?! Eles fazem o inverso da gente: não saem procurando “princesas”, eles simplesmente as acham quando for o tempo certo numa das “próximas” experimentadas. Não há mistério, não há neura e, principalmente, não há imaginação. As princesas (que brega meu Deus!Argh!) são descobertas por acaso ao invés de procuradas!


É...a gente precisa aprender. Eu também quero ser prática!

Ingrid Tinôco

terça-feira, 5 de maio de 2009

Eu mereço...

Riu e quase gargalhou. Por que quando acontecia tinha que ser tudo de uma vez? Tinha um histórico engraçado e animalesco, cachorros e galinhas eram os personagens principais da fábula amorosa que permeava sua vida romântica. Agora, se não bastasse, resolveu virar filme de terror tosco, com almas revivendo das cinzas e dando as caras como se ainda fossem gente, de carne, osso e muito charme. E ainda tinha um quê de curta-metragem (inter)nacional rodado em clima quente, de sol a pino, que andava querendo virar um longo, do tipo romance americano água com açúcar em que o mocinho e a mocinha ficam juntos no final, apesar dos pesares.
Meu Deus, quando é que Santo Antônio, Vênus, Cupido ou seja lá quem é que cuida dessa vertente da vida das pessoas ia se tocar que tava na hora de uma coisa menos fantástica e mais real?
Riu de novo. Ai, ai...
Ingrid Tinôco

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Não nos deixeis cair em tentação...

Vaidade. luxúria. Gula. Avareza. Preguiça. Inveja. Ira.

Andei parando pra pensar que se depender dos 7 pecados capitais eu vou pro inferno com passagem direta sem escalas ou conexões no purgatório. Porque não há Ave Maria, Pai Nosso, Credo, Salve Rainha ou apelo pra qualquer Santo que resolva minha situação. Eu nem consigo definir em qual deles tenho maior culpa.

Por que eu preciso de make-up, salto alto, roupas bonitinhas e elogios para me sentir bem. Adoro um espelho e me importo SIM com a aparência(minha e dos outros!). Sou culpada por ter apego aos prazeres materiais e carnais, me rendendo a luxúria(“s. f. 2. Lascívia, sensualidade.) tantas vezes (se o objeto de desejo for um Mark Sloan então...) . Como o que dá vontade, quanto e quando dá vontade por puro prazer de comer e, se surgirem quilos a mais, recorro à vaidade pra me livrar deles. Odeio emprestar livros, tenho medo que não devolvam meu dinheiro e gosto de acumular o pouco capital que me é dado. Hoje, sou vagabunda( isso mesmo que você leu, mas no bom sentido, lógico), daquelas que pode acordar e dormir a hora que quer, passar o dia de frente a TV sendo inútil, e quer saber?! Eu adoro isso. E quando menos eu faço, menos tenho vontade de fazer. Santa(ou maldita?!) preguiça. Invejo coisas bobas, querendo-as pra mim, o dinheiro de um, a beleza de outro, a inteligência de fulano ou aquele sapato perfeito que eu não tenho. E a ira? Ah...experimenta me atazanar ou me ver na TPM pra ver o que é, na prática, um pecado capital.

Pois é, e as vezes eu ainda fico pensando o que eu poderia dizer pra um padre se eu fosse me confessar. Coitado dele, ia ficar de ouvido dolorido e não ia ter penitência que desse jeito em mim. Só Deus mesmo pra me entender, e eu vou deixando-o a par de todo esse pecado diariamente...quem sabe não rola uma vaguinha no céu pra mim?!



Ingrid Tinôco

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Com açucar e com afeto??

Era preciso que lhes dissessem mil vezes o quanto era doce, falsas talvez. Não adiantava, ela não acreditava. Também, pudera, com aquele gênio era difícil que ela mesma cresse em sua doçura, era bem verdade que adorava crianças, carinhos, abraços e sorrisos – e isso era algo que não lhe faltava – mas doce talvez não fosse aquilo, parecia que o adjetivo pedia muito mais e ela não sabia se se encaixava ali. É que parecia ser orgulhosa demais, o que na verdade era, e se conseguia saber ao certo o que havia por trás daquele ar de mistério. É que aquilo era pra poucos... Bem falando, ela era diferente de todos, e a doçura estava por trás da coragem e do encanto que não lhe faltavam, da preocupação com o sentimento alheio e da pontinha de sentimentalismo que, no fundo, ela escondia. Estava, ainda, descobrindo que podia mais, muito mais.

Ingrid Tinôco




-


O texto é antigo, foi um perfil do orkut já, é que deu vontade de postar mas não consegui terminar nenhum dos 5(no mínimo) textos que eu comecei. Então vai esse mesmo, e uma reza pra que amanhã venha algo fresquinho da mente ;)

sábado, 25 de abril de 2009

Garota Nacional

“Aqui nesse mundinho fechado ela é incrível
Com seu vestidinho preto indefectível
Eu detesto o jeito dela, mas pensando bem
Ela fecha com meus sonhos como ninguém, uh”
(Skank)
Por que a música tema do dia pode ser “Garota Nacional”, do Skank que tocava a minha frente, a poucos metros de distância.
Sabe aqueles dias em que você veste-se para você, olha-se no espelho e arruma-se com o intuito de se fazer feliz, haja o que houver, venha quem vier?!
E não me importava se o lugar estava vazio, se não havia muita gente interessante ou se a chuva que me encharcava (e me deixava como se eu tivesse dado um belo mergulho numa piscina) fizessem de tudo para estragar a festa. A MINHA festa tava boa, as minhas amigas estavam animadas e as risadas foram, “no mínimo”, constantes. E o resto? Eu não me importei, sinceramente.
É claro que rolou aquelas peças que o destino teima em pregar mesmo nas melhores situações. E eu aprendi que meu sexto sentindo não falha; que quando você não quer, você acha; e que eu posso ser impulsiva ou até má, mesmo morrendo de remorso depois.

Eu preciso de mais dias, ou noites, assim...definitivamente
Ingrid Tinôco

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Pra quê mentir?

“Mentiras sinceras me interessam...”(Cazuza)

Eu não sou adepta a mentiras, não gosto de fazê-las nem dos que fazem. Mas tenho que admitir: é impossível viver sem elas e você(e eu), por mais que duvide, vai gostar de ouvi-las um dia(se é que já não gostou).

A verdade absoluta é intolerável, incabível e inaceitável, seria o fim das relações humanas sejam elas fraternas, amorosas ou de negócios. Não quero fazer do texto um tratado de base científica, mas uma reflexão. Vai me dizer que você não prefere aquele cara que te faz elogios, te canta sempre que encontra, mas que no fundo você sabe que tem outras iguais a você, que aquilo é tudo papo furado e que ele ta só te cozinhando em banho maria? Pode não preferia, mas que gosta, gosta. Faz bem pro ego. E pense num bichinho danado de besta, mentira ou verdade, tanto faz, contanto que o massageie convincentemente.

Pode acreditar, seus amigos já mentiram pra você dizendo que aquela roupa tava boa, que você tava certa naquela situação, que aquele cara era feio demais pra você. As mães sempre dizem que os filhos são os melhores e mais bonitos, mesmo sabendo que não são, isso não quer dizer que elas não sejam sinceras. Seu pai já criou um bicho imaginário pra você ter medo quando criança só pra que o trabalho fosse diminuído. Isso não quer dizer que eles amem menos você. Você mesma(o) já disse acreditar no pra sempre a um namorado(a) sem nem saber se vai durar até amanhã.

Há mentiras que devem (nem tanto) e podem(idem) ser ditas. Porque essas (vejam bem, eu disse ESSAS, não refiro-me a todas elas) soam como a verdade que os interlocutores queriam que existisse, mas que, para o azar deles, não ocorreu. É a necessidade de melhorar a situação com uma coisa já taxada de errada, má e corruptiva.

Preciso admitir que eu prefiro certas mentiras, pricipalmente aquelas que me proporcionem prazer. Se iludir faz parte, e tenho pena daqueles que vivem sempre na realidade: nua, crua e chata.

Não é apologia à mentira, é verdade.
Não é que eu seja boba, só não preciso ser hipócrita.
Ingrid Tinôco

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Cedendo ao medo

Sucumbira de novo àquela sua fraqueza. Era só nisso que pensava agora. E devia vir daí aquela dor de cabeça que insistia em tirar-lhe o bom humor.

Nunca fora muito tímida, é verdade. Falante desde criança, a timidez só lhe vinha em poucas ocasiões, onde os participantes do ciclo social não lhe deixavam confortável suficiente para que mostrasse sua “simpatia”, ou quando era submetida a certas pressões em situações “públicas”. E aquilo, ora mais, era o que mais odiava.

Prostrada em frente a algumas desconhecidas pessoas, sendo avaliada pelas próprias palavras. Repassaram mil vezes, verbal e mentalmente, o que deveria fazer. Mas não tinha jeito. Minutos antes já sentia o frio na barriga angustiante e a vontade de sair correndo para fugir daquela terrível situação. Não fugiria. Não estava ali pra isso e deveria enfrentar o medo face a face. É uma pena que ele estivesse prestes a ganhar. E sua corajosa luta fora um fiasco: palavras esquecidas, verbos engolidos, partes importantes esquecidas no fundo do cérebro, o mesmo que há poucas horas tinha colocado todas na ponta de sua língua. Depois de passado "a coisa" não sabia ao certo o que tinha falado, o que tinha esquecido ou sequer quanto tempo havia se esvaído. Perdera a noção.

A culpa era do cortisol, estudara isso tempos atrás. Era ele o liberado na corrente sanguínea em situações de estresse e que causava todas aquelas desordens: “o branco”, em especial. Precisava, a qualquer preço, reaprender a controlá-lo. Ou melhor, descobrir como mantê-lo em um nível tolerável para aquelas situações. Bobagem! A culpa era sua. O pobre cortisol não deveria levar todo o mérito desfavorável(se é que essa contradição existe).

Não podia submeter-se ao ridículo novamente. Aquilo era simples, ora. Chegava a sentir raiva de si. Odiava odiar aquilo.

Era constrangedor, quase infantil. Pobre nervosa...
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Ingrid Tinôco

domingo, 12 de abril de 2009

F. Scott Fitzgerald

"E ela estivera bebendo. O tríplice afogueamento das faces de Caroline era composto de juventude, de vinho e de cosméticos finos... ele bem que percebia. Ela estava divertindo muito o jovem que se achava à sua esquerda e o indivíduo imponente que se encontrava à sua direita, e até mesmo o cavalheiro de certa idade que se sentava à sua frente, pois que este, de quando em quando, proferia, em tom leve de censura, as frases escandalizadas pertencentes a uma outra geração. Merlin conseguiu ouvir as palavras de uma canção que ela, intermitentemente, cantava:

Espante as preocupações com um estalo de dedos,
Não atravesse a ponte enquanto não chegar a ela...
(...)"
(“Ó feiticeira ruiva” – O curioso caso de Benjamin Button e outras histórias da era do jazz, F.Scott Fitzgerald).
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Feriadão de livros, filmes, chocolates e pouca religião(Que Deus me perdoe!).
Bom fim de páscoa para vocês, que o espírito de respeito(aos poucos que o fizeram) não seja esquecido durante o resto do ano ;).

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ela, não eu!

É como aquela amiga chata, que aparece nas horas mais impróprias, e importuna você até que perca a paciência, mas que não se pode simplesmente riscá-la da vida.

Chega quase todos os meses para uma visita inesperadamente esperada e com surpresas variadas a cada aparição. Tortura-me suficientemente para que eu (logo eu) sinta a necessidade de derramar lágrimas sem ter nem pra quê, nas horas mais inconvenientes, nos lugares mais bizarros e com as pessoas mais “nada a ver”. Quando não são lágrimas, são gritos, uma cara fechada e um semblante antipático. Essa “inhazinha” tem o poder de me tirar a paciência pelo menor motivo, e infelizmente, faz com que os outros também parelam culpados aos meus olhos. Incita-me contra eles a ponto de me fazer distribuir patadas gratuitamente a quem ouse me contrariar ou simplesmente me dar um “oi” em uma ocasião de fúria extrema.

Faz fofoca até do meu bicho de estimação só pra me despertar raiva, me desperta gula e me oferece milhões de doces só pra me fazer engordar. Induz-me à preguiça e a uma agonia estranha, sensação de que se quer algo, e não se sabe o quê. Mas tenha certeza, quando eu consigo o “o quê” reclamo porque não era exatamente aquilo, ou choro porque ele tinha vindo com problemas.

Mexe com minhas roupas, fazendo com que nada sirva. O cabelo parece virar palha, as outras mulheres, mais bonitas. Os homens: imbecis, ou porque me querem ou porque não. Falta-me paciência, tolerância, compreensão, dentre outras MUITAS coisas.

E quando ela finalmente parece ter ido embora, vêm dores e até sangue (imaginem só a potência da garota) pra terminar seu show.

O pior é que ainda tenho que aceitar a idéia de que ela vem me ver outras vezes, várias, até quase a minha velhice. A revolta é tamanha que nem nome por extenso ela merece, trato-a apenas pelas siglas, que é pra não dar muita importância a um tipinho desses: TPM, porque ela que é Totalmente Pirada e Maluca... não eu!
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Ingrid Tinôco

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Friday Night

A sexta-feira sempre fora seu dia preferido da semana. Quando criança, havia a educação física em que as brincadeiras esperadas durante toda a semana se concentravam. Foi crescendo e o apreço não mudou, aquele dia anunciava o fim de semana: nada de aulas, poucos estudos, alguns passeios. O vestibular lhe bateu a porta, as aulas assistidas naquele dia tão “bom”, mesmo à noite, ou o prenúncio que ele traria um sábado de estudos e mais aulas, não tiraram seu status.

Essas fases passaram.

E hoje ela se via em mais uma das suas sextas-feiras. Dessa vez sem alegrias, sem esperanças.
Na verdade, entediada, irritada e abusada por ser aquele dia. Enquanto garotas pintavam-se, vestiam-se e preparavam-se para a badalação daquela “Friday night”; casais de namorados dividiam um jantar, um cinema, beijos e abraços; amigos reuniam-se em bares pra jogar conversa fora, fazer o famoso “bebe esquece” da semana ou a prévia do fim de semana badalado, ela estava ali, estatelada numa cadeira de escritório, de frente para o computador, escrevendo qualquer bobagem para o seu blog (companheiro de todas as horas). Nada de mensagens instantâneas, nada de novidades na sua página de relacionamento.

Havia carro, permissão, roupas e ânimo. Faltava-lhe companhia, oportunidade ou sabe-se lá mais o quê.

Mas decidira: a partir de hoje, preferia o sábado!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

"Se avexe não, que amanhã pode acontecer tudo e inclusive nada."

Tá, eu sei que é quando a gente menos espera que as coisas acontecem, que é assim que vêm as melhores surpresas, situações, pessoas, presentes...enfim, quase tudo.
Mas sabe aqueles dias(ou semanas, meses...) que você quer tanto que aconteça algo inusitado na sua vida que acaba esperando ansiosamente por ele?!

É...você não se contenta com o fim de semana ótimo(do tipo pacote quase completo: festas, boas risadas, bons amigos, família reunida, mais risadas...), você quer a semana inteira assim, ou que o tempo encurte, para que chegue logo o próximo fim dela para, quem sabe, algo diferente acontecer com você.

Não lhe bastam encontros bons de vez em nunca. Você quer o telefone tocando, o sinal de mensagem piscando, o MSN como o seu ‘plim, plim’, ou um ‘novo recado’ interessante no orkut (sempre que você conectar, vale salientar).

Não lhe apraz estar de férias enquanto todo mundo trabalha, estuda, pena para fazer suas obrigações. Você queria atividades extras que te dessem prazer ao mesmo tempo em que trariam um corpo sarado ou um dinheiro no fim do mês.

Eu sei que é feio reclamar de “barriga cheia”, mas pior é conformar-se com o que podia ser melhor. E que não é certo achar que “A grama do vizinho parece sempre mais verde”, mas o pior que às vezes é mesmo, e você morre de curiosidade pra saber qual adubo ele usa pra conseguir aquilo, mas morre sem perguntar.

E essa monotonia diária vem me tirando a paciência, e me enchendo cada vez mais de preguiça, gula e, principalmente, ansiedade. Conto as horas pra saber qual a próxima novidade realmente significativa que vai entrar na minha vida. Mas a contagem não tem adiantado muita coisa, não ultimamente. E eu tenho me avexado fácil, por que no amanhã tem acontecido mais nada do que tudo.



p.s.: Eu não tô revoltada não, só impaciente =)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Crescer

Disseram-me que dormir faz crescer, e que crescer dói. Aconselho aos que dormem para crescer, que mantenham, no mínimo, um olho aberto e bem atento ao que se passa, um pé no chão durante os sonhos muito altos e atenção redobrada aos fatores externos e internos. Por que não bastam 2m de altura, é preciso que se cresça aprendendo.
E, acaso sinta dores, que chore, mas um choro aliviado daqueles que sabem a necessidade dessas lágrimas. Não adianta o compulsivo, típico dos que se fazem vítimas do seu próprio crescimento, dos fracos e insensatos. Dedico minha pena a tais. É preciso entender que o que dói hoje, fortalece, depois, a carne, os ossos e o espírito. Tem-se que dormir acordado pra crescer com eficácia e tirar lição das dores que insistem em perturbar a mente.

No mais me calo já que “Se conselho fosse bom a gente vendia”, e eu não quero passar fome.
"E que fique muito mal explicado. Não faço força para ser entendido. Quem faz sentido é soldado." (Mário Quintana)

Enquanto eu espero a criatividade ter a boa vontade de bater à minha porta novamente. E não é preguiça ou comodismo, é cansaço de correr atrás.

domingo, 22 de março de 2009

Sombreou os olhos. Delineou o contorno deixando-os bem pretos, como sua própria íris. Alongou os cílios. Preencheu os lábios. Corou as faces.
Soltou os longos cabelos que penderam dos ombros até a cintura em ondas desregulares.
Deixou o corpo ganhar contorno com o vestido preto e curto.
Subiu nos saltos para olhar, lá de cima, através do espelho meio manchado, ela mesma numa nova versão.
Toc, toc, toc... Saiu de casa com os saltos fazendo o alarde. Trancou a porta. Deixou para trás aquele rosto(e o espírito) antigo, sério e chato; decidida, agora, a não mais passar despercebida.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Sê piegas tu

Fora numa noite que percebera, ou melhor, caíra na real, como quem sofre um baque. Tinha se rendido àquilo que por tantas vezes repudiara, chamara de breguices e bobagens não dignas de sua admiração, de seus princípios (sempre tão intocáveis).

Nunca fora romântica a ponto de se comover com as pieguices dos enamorados. Achava uma total tolice. Talvez já houvesse amado, mas aqueles exageros não a intrigavam. Parecia fachada, falação, dramas dignos de novelas mexicanas, daquelas bem reles. Ansiava pena por aqueles pobres que se iludiam mutuamente. Sempre soubera que um dia um, outro, ou ambos se machucariam, sofreriam, e as juras de amor eterno seriam esquecidas como se nunca houvessem existido. Por isso não valia o risco, nem merecia mérito.

Passou aos romances assistidos, somente, depois aos escritos. E, por incrível que pareça, a divertir-se com aquilo. A irrealidade dos fatos, das histórias passou a comovê-la. Na ficção podia.

Mas hoje, meu Deus. Ela não sabia o que estava acontecendo. Pegara-se fantasiando bobagens, ensaiando discursos, planejando histórias. Parecia ter se rendido ao sentimentalismo barato, às doces ilusões românticas de quem nunca sofreu, e aos clichês. Logo a eles!!

Devia ser uma fase, só podia. TPM talvez, os hormônios sempre agem nas horas mais impróprias mesmo.

Precisava culpar alguém que não fosse a ela mesma. Não cabia a si virar “a última das românticas”(e lá se vai mais uma frase feita para combinar com o quadro). Esse açúcar todo, definitivamente, nunca combinau com ela, não seria agora que combinaria.

Estava certa disso. Certíssima.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Tirando o pó

Talvez já esteja mais que na hora de dar um basta às coisas antigas que insistem em se remoer no presente. Apertar um “Del” em lembranças até agradáveis, mas que têm de ser mantidas no passado, como lembranças realmente e não como promessas de futuro, seja ele próximo ou não. Esse negócio de viver o ontem cansa, desgasta. E apesar de toda a mordomia de descanso dessas minhas humildes férias, esse papo de cansaço não dá mais pra mim.

Ta na hora de realmente fazer ao invés de só falar. “Faxinar” a alma como disse Fernando Pessoa. Jogar fora aquele lixinho fofo que você adora, mas que não serve mais pra nada O tempo dele já passou e agora só faz juntar poeira(como diz sua mãe). Limpar o pó para rever o brilho. Reogarnizar a bagunça que insistiram em fazer e eu, mesmo tentando, não consegui controlar. Abrir portas e janelas pra o sol entrar devolvendo a luz e a harmonia natural da casa, da alma. É preciso deixar que novos ares adentrem. Eu preciso.

Ingrid Tinôco

domingo, 8 de março de 2009

Ela voltou aquele mesmo lugar, onde sempre ia intuitivamente para descarregar-se. Havia uma fonte(sempre houvera), debruçou-se sobre a borda mas não viu a normalidade de sempre, a pedra fria e lisa não mostrava sinal do conteúdo, nem respingos parecia haver ali.

Como podia? Eram aquelas águas as responsáveis pelo desabafar do grito calado, do romance frustrado, da alegria sem fim. Fora ali que sempre tivera o amparo silencioso e solitário, por onde até perdera momentos precisos de um sono intranqüilo. Agora estava diferente, por mais que sentisse necessidade de voltar àquele local, de utilizar-se daquele artifício para alívio próprio, não conseguia. Algo a empatava.Não havia a água para “lavar” da sua mente as palavras guardadas e reorganizá-las numa ordem lógica.

Parou tentando achar uma resposta, poucas idéias lhe ocorriam. Era isso! O problema não estava na fonte material, mas naquele ser pensante que dela usufruía. A culpa era, justamente, dessas poucas idéias que lhe ocorriam. Tava faltando a sensibilidade que explodia em palavras não faladas, mas escritas. O “feeling” que transformava momentos em letras, cheiros em vírgulas, gostos em interrogações. Aquilo desaparecera, ou escondera-se, sem motivo claro.

Riu de sua própria situação, talvez soubesse o que lhe faltava para fazer jorrar de novo a fonte, mas nada era certo naquela situação. Mais emoções, menos mesmice, livros talvez... a receita era incerta, mas não custava arriscar. A sensação era das melhores, e ela precisava tê-la novamente. Refrescaria-se naquelas águas em breve, ambicionou em silêncio e partiu.

Ingrid Tinôco :)

quarta-feira, 4 de março de 2009

"São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida no meu coração..."
Tom Jobim

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

“Ela desatinou, viu chegar Quarta-feira
Acabar brincadeira, bandeiras se desmanchando
E ela ainda está sambando”
(Ela desatinou - Chico Buarque)



Restou brasas na minha quarta-feira de cinzas, pra não dizer fogo suficiente pra mais uma semana de carnaval. E eu que sempre passei com indiferença a essa festa agora a tenho como uma das preferidas. É que foi diferente, engraçado, divertido e todos os adjetivos que resumem a cinco dias de quase perfeição(pra não me julgarem exagerada). Entrou fácil pra história e eu adoraria que houvesse mais vezes durante o ano.



Bombou fácil, fácil, fácil...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A esperança é sempre a última...

Eu desisto! Definitivamente o pouco de criatividade que cabia ao meu ser foi embora junto com a didática cotidiana de quem ia fazer vestibular ou entrou de férias até agosto junto com a busca pela medicina.

Na verdade estou pra descobrir. O que sei é que eu até tento escrever alguma coisa pra postar aqui, mas não sai nada interessante (vejam só este exemplo para constatar!), nada me prende a atenção suficiente para originar um texto e eu não tenho vivido emoções intensas pra isso.

Parece que a mudança de vida mexeu com meus neurônios. Bem que eu podia me espelhar nos gregos pra rolar um ócio criativo, mas ‘que nada!’, aqui só tem ócio improdutivo, quase inútil. Isso já ta me tirando a paciência. Acho que o meu remédio é um pouco de rotina, por menor que ela seja, devo estar com saudades(ACHO quase descrendo, vale salientar) de certas regras.

Quem sabe depois do carnaval minha mente que parece fechada para balanço(acho que eu não sei mais nem quanto são dois mais dois!) não resolva voltar a abrir as portas e vender alguma coisa, nem que seja barata e precária, mas ALGUMA COISA!

A esperança é sempre a última a ir embora mesmo...

Ingrid Tinôco

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Lapso de encanto

Foi como se eu tivesse o visto numa vitrine e me encantado com aquela embalagem, dourada, quase reluzente. Encontrado no interior não um supérfluo sem graça, mas um produto interessante, com funções claras e simples, instruções diretas e funcionamento quase perfeito. Infelizmente me disseram que não poderia levá-lo pra casa, ele ainda estava em fase de testes, voltaria para longe logo, para sofrer algumas modificações, ajustes. Era uma pena. Naquele momento pensei ter achado o que tanto procurava, mas soube logo que não passava de um lapso, um desejo que não poderia ser atendido. Não agora, não ainda.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Medicina UFRN 2009.2

Eu já chorei e vibrei vitórias, mas nenhuma delas, até o momento, foi tão prazerosa quanto a do dia 02/01!

O “doutora?! Parabéns” que eu escutei pelo telefone não foi só um aviso de “você conseguiu!”, foi o remexer dos mais íntimos dos sentimentos, e nada serviu melhor pra demonstrar o que eu sentia do que as lágrimas, compulsivas(como eu nunca imaginei) mas de um conteúdo incrível.

Ali estava não só a alegria que eu exalava pelos poros, mas eu estava descarregando a tensão de uma noite inteira sem dormir e de um ano cansativo, mas que hoje eu afirmo, sem sombra de dúvidas, que valeu MUITO a pena. Eram as horas de aulas, horas de estudos, estresses, monitorias, exercícios, falta de vida social, cansaço e tudo que consome um vestibulando saindo de mim por aquelas lágrimas, temperadas com um gosto excitante de quem em um minuto viu sua vida mudar e pode-se considerar agora ‘universitária’! Eu juro que às vezes a ficha nem caiu ainda! E o sorriso que estampou-se logo em seguida no meu rosto, resolveu ficar e por um bom tempo =)

Minha felicidade é inexplicável, e nem adianta eu tentar traduzi-la em palavras.
E eu acabo com duas frases que eu passei o ano inteiro pensando que usaria elas exatamente nesse momento - finalmente chegou a hora!:

“Sorte é aquilo que acontece quando a preparação encontra a oportunidade.”
“Por isso afirmo que vitórias podem ser criadas.”(Sun Tzu – A arte da guerra)

E agora eu volto à minha praia, meu veraneio, recuperando a cor perdida nesse ano, tirando o atraso e planejando o que eu vou fazer nesses 6 meses de férias...”Ô vida dura, meu Deus”